quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Arte: Futebol e Tango

Unir duas paixões nem sempre é fácil. Em se tratando de futebol e tango até que a combinação não é das piores. Afinal de contas, quantas vezes assistimos um belo driblador "convidar" um zagueiro para bailar? Recordo-me de diversos nomes, mas um não me sai da memória: o eterno botafoguense Mané Garrincha. É claro que o "anjo de pernas tortas" preferia um samba, mas o vídeo que recebi da amiga Sabrina Fiuza fez-me alegre com os "hermanos". O tango é uma das danças mais linda que já tive oportunidade de ver. Tentei dançar algumas vezes, confesso, mas a complexidade dos passes me inibiram. Sou tímido e serei sempre tímido em matéria de dança. Espero que gostem do vídeo, que une a beleza da bola com a leveza da dança.

domingo, 24 de outubro de 2010

Rezende, um personagem da vida

Chegou a hora de fazer deste humilde espaço o espaço de um novo personagem. Sim, um personagem conhecido por tantos e que jamais foi lembrado da forma justa como deveria ser lembrado. Escrevo sobre José Herbert de Rezende Filho. Marido, pai, compadre, amigo mais que querido e, notavelmente, companheiro de peladas. Na vida, meus leitores, as atitudes de um homem fazem a diferença entre ser “mais um” e “UM” na humanidade. E digo, sem medo de errar, que o Rezendão é parte desse seleto grupo do UM.

Vou ater-me aqui à parte que mais liga a vida desse piauiense a nós, integrantes da Sociedade Esportiva Canarinho: o futebol. Se o tempo é prova de entrosamento dentro de campo, pouquíssimas pessoas podem ter a honra de dizer que joga ao lado desse lateral há 16 anos. E eu sou parte desses felizardos. Do primeiro jogo, ainda em 1994, para o último jogo, ocorrido no último sábado (23), restaram apenas três: Edinho, Orfeu e eu. Sim meus amigos, 16 anos de muito futebol ao lado do “por mim ninguém passa”.

E o último jogo foi o triunfo para nós, que aguardamos pacientemente quase duas décadas para comemorar com ele, Rezende, um gol numa partida oficial do Canarinho. Já era o segundo tempo e disputávamos o terceiro lugar no campeonato interno do Superior Tribunal Militar. O placar marcava 2 a 0 para nós. No meio do campo, Edinho dominou a bola e eu corri em direção à lateral direita da zaga adversária. Fui lançado. A bola parecia, como sempre, ter sido arremessada com as mãos – tamanha precisão do passe. Corri sem olhar para ninguém quando ouvi um grito: “o goleiro”. Senti uma pancada na cabeça e caí. Fui, literalmente, atropelado pelo arqueiro rival.

A dor foi intensa. Parecia que tinha tomado uma pedrada na cabeça. Foi apenas um soco. Edinho se preparava para cobrar a falta quando o árbitro apontou para a marca do pênalti. No depoimento do Edinho, o goleiro havia me atropelado três metros fora da área. Tudo bem, penalidade máxima. Ninguém mais poderia cobrar que nosso querido Rezendão.

Chamamos nosso líder e entregamos a pelota nas mãos dele. Ele, carinhosamente, colocou a bola na marca branca e tomou distância. Foram menos de 5 segundos para ocorrer o que esperamos por 16 anos. Um chute forte, preciso, no meio do gol. A rede acolheu a bola como uma mãe acolhe o filho após um banho de chuva. A torcida que acompanhava a partida, alguns também aguardavam o momento há anos, não se conteve e começou a gritar pelo nome de Rezende. Fui o primeiro a abraça-lo, depois que saiu pulando feito menino quando ganha sua primeira bola. Um momento mágico de um homem mágico.

Meus amigos, desde o início do pensamento na Grécia Antiga o homem se pergunta de onde veio, para que veio e para onde vai. Sem querer ser ousado, digo que momentos como esse que vivi ao lado desse meu compadre me ajudam a responder parte desses questionamentos. De onde vim e para onde vou ainda são um enigma. Mas para que vim, isso respondo de prontidão. Vim para conhecer esse personagem da vida. Para conviver com essa pessoa e para gritar gol depois de 16 anos disputando campeonatos pelo Distrito Federal e por Goiás. Sem o Rezende, a vida de tantos peladeiros não seria a mesma. E nós, jogadores de fim de semana, devemos a ele tantas peladas, tantas conquistas e tantos sorrisos. Longa vida ao eterno camisa 6 do Canarinho, REZENDE.
Uma das inúmeras peladas comandadas por Rezende

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Viagem bolivariana ameaçada

Assim como apareceu a oportunidade de percorrer terras peruanas já em novembro próximo, também surgiu um imprevisto que pode me fazer adiar tal façanha. Com a bondade do meu afilhado, temos passagens marcadas para o dia 07. No entanto, na última semana um imprevisto daqueles que merecem toda atenção e torcida ocorreu com uma colega de trabalho. Ela se recupera de uma queda na saúde e, por enquanto, tudo ficou incerto.

A viagem está programada. Cada dia, cada hora e todos os instantes estão praticamente marcados e devemos segui-los como um rio que busca o mar: transpondo barreiras, fazendo curvas de vez em quando, mas sempre chegando ao destino. A esperança de poder abandonar minha pátria por oito dias ainda vive em meu coração. Percorrer trilhas em Machu Picchu, conhecer o Lago Titicaca, as Linhas de Nazca e, principalmente, respirar novos ares me motiva a acreditar que estarei em Lima na manhã do dia 07 de novembro.

Antes disso, porém, tenho um longo trabalho a fazer em Brasília. É claro, a rotina nos atropela e entre uma coisa e outra arrumamos tempo para... conversar com pessoas que já estiveram no Peru (risos). Esse tem sido meu esporte preferido. Se acaso confirmar essa viagem, preciso chegar sabendo de alguns costumes que podem me render economia. Sabemos que turista é turista em todo lugar do planeta. E os nativos aproveitam para explorar. É assim em todo lugar.

No sábado devo receber as melhores orientações para o passeio. Um casal de amigos, Marcelo e Babi, retornou recentemente do Peru. O Celão combinou de me contar tudo que posso fazer para evitar gastos desnecessários e mostrar os lugares bacanas para me hospedar, comer e me divertir. Acho que será um papo salvador.

Do Peru mesmo eu sei o que o Discovery Channel mostra. E também algumas trapalhadas políticas protagonizadas pelo nada eterno Alberto Fujimori. Nada para um país que tanto tem a oferecer. Mas negada, enquanto minha vida não se resolve nesse sentido, torçam por mim. Posso até trazer lembranças para meus oito leitores caso tudo se confirme. Fica por conta.
Lago Titicaca: o mais algo lago navegável do mundo divide Peru e Bolívia

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Receita - Petit Gateau

Depois que publiquei o último post, alguns dos meus poucos leitores pediram para eu colocar a receita neste humilde espaço. O petit gateau que aparece no vídeo foi feito a partir de uma receita francesa do livro "C´est moi qui cuisine... Oui chef!", da editora Hachette. Não sei se no Brasil é fácil de encontrar um exemplar. O que está em minhas mãos pertence à Paloma. O pessoal está perguntando se a foto a seguir é do petit gateau que eu fiz... a resposta é sim. Ficou bem bonito e gostoso.

Anote o que você precisará para duas pessoas
1 ovo
25g de açúcar
15g de farinha de trigo
50g de manteiga
50g de chocolate amargo

Modo de preparo
Coloque o ovo e o açúcar em uma vasilha. Misture até que fique branco (isso é importante). Acrescente a farinha de trigo e bata novamente até conseguir uma massa legal. Derreta o chocolate amargo em uma panela com manteiga. Depois, coloque o chocolate na massa e terá o produto pronto para ir ao forno. Como é difícil encontrar formas pequenas, você pode usar potes de sobremesa de inox, funcionam igualmente.

Com o forno pré-aquecido, deixe assar por um período entre 10 e 12 minutos. Depois é só colocar o sorvete no prato e servir o seu delicioso petit gateau. Bon Appétit!

Dica alexaniana
Para seu "bolo pequeno" ficar ainda mais saboroso, antes de levar a massa ao forno acrescente um pedacinho de chocolate meio amargo no interior da forminha. Ficará sensacional.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vídeo - Petit Gateau alexaniano

O problema de namorar gente chique é que você precisa se esforçar para acompanhar. Imaginem um capiau de Alexânia aprendendo os prazeres da culinária francesa. Mas eu me supero em diversos desafios e nesse não foi diferente. Comentei com meu afilhado que tinha feito petit gateau e logo combinamos uma bagunça na cozinha dele. Foi no fim do feriado.

Paloma foi quem auxiliou tudo. Já experimentei o tempero dela e digo a todos que vale a pena. Ela sim indica coisas boas da cozinha francesa. E sempre que pode me faz um agrado. Eu agradeço de coração. No caso do petit gateau, ela me apareceu com um livro de receitas em francês. O que eu e meus afilhados Léo e Ana temos em comum? Não sabemos francês.

Mas resistimos, pedimos auxílio de uma tradutora e seguimos adiante. Enquanto preparava a massa, meu afilhado preparava um delicioso filé ao molho. O vinho era argentino. Um malbec da região de Mendoza, datado de 2008. Recomendo a todos. Ao fim, tudo deu certo. E para quem não acredita que o petit gateau tenha saído (Dani Carvalho e outros - hehehehe) vejam no vídeo a seguir.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

“Ensinamentos” online para sempre

Impressiona-me a quantidade de e-mails que recebo com textos de auto-ajuda. Alguns prometem resolver todos os problemas de sua vida com atitudes simples ou filosofias baratas. Boa parte desses e-mails é assinada por Luis Fernando Veríssimo, apesar de o próprio Veríssimo já ter declarado que não escreve tanto assim. Isso me leve a crer que nem mesmos os autores verdadeiros acreditam no que escrevem, pois assinam outro nome para tentar dar credibilidade.

Se os “pais das crianças” não assumem a autoria do “crime”, por que eu teria que ler e dar tanta atenção a dicas que prometem milagres? Confesso que alguns fazem até sentido, como no caso do término de relacionamentos. Ora, não existe a expressão “não deu certo”. Nesse caso deve ser trocada sempre por “deu certo enquanto deveria dar” ou “deu certo por tanto tempo”. Esse foi um que repassei para amigos e amigas que já viveram coisas do tipo.

Outros não são tão criativos assim ou reflexivos. Beiram ao Spam. Parecem que têm uma única finalidade: captar e-mails. Esta semana recebi um mesmo que foi de dar dó. Tratava de meio ambiente, pegando o gancho da defesa da candidata Marina Silva em seu discurso. O pobre autor, que para variar não se identificou, dizia que a natureza está estreitamente ligada ao seu âmago. Hã? Como assim?

Ele tentou fazer um link entre a necessidade de se preservar o meio ambiente com o bem estar de sua vida. Tudo bem, a ideia foi até interessante. Se não cuidarmos hoje, não teremos no amanhã. Mas dizer quem uma coisa está “estreitamente” ligada ao seu âmago. Forçou a barra.

A questão é uma só. Se você não tem boas ideias é melhor não escrever nada. E se tiver uma boa ideia, tenha a honra de assumi-la e deixar o grande Veríssimo de fora. Fico por aqui, esperando não receber mais tantos textos sem autoria.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Música - Como el primer día

Te sigo queriendo como el primer día,
con esta alegría con que voy viviendo.
Más que en el relevo de las cosas idas
en la expectativas de los logros nuevos.
Como el primer día de un sentir primero,
como el alfarero de mi fantasía.
Con la algarabía de un tamborilero
y el gemir austero de una letanía.
Como el primer día te sigo queriendo.

Te sigo queriendo, valga la osadía,
con la garantía de mis pobre sueños,
es decir, empeños porque todavía,
vive el alma mía de seguir creyendo.
Como el primer día, como el primer beso
y el primer exceso de melancolía.
Como la folía del primer intento,
como el argumento de una profecía.
Como el primer día te sigo queriendo.

Te sigo queriendo, si no lo diría,
sé que no podría con mis sentimientos,
lo que llevo adentro se convertiría
en una jauría de remordimientos.
Como el primer día eres el velero,
la estrella y el viento de mi travesía.
Mi filosofía, mi apasionamiento,
mi mejor acento, mi soberanía.
Como el primer día te sigo queriendo.

Letra: Alberto Cortez
Música: Alberto Cortez

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tempo amigo, seja legal

A noção de tempo sempre foi algo que nunca me faltou. Anos, meses, dias, horas, minutos, segundos... Jamais pensei que teria dificuldade para organizar minha vida de forma cadenciada. Aos 30 anos, confesso que passei por momentos de “estranha loucura” nos últimos 3 meses. Tudo por conta da tal campanha eleitoral. É sabido que sou assessor de imprensa de uma parlamentar do Distrito Federal que buscou, com sucesso, a reeleição.

Pois bem. A campanha começou no início de julho. Mais precisamente no dia 6 do primeiro mês do segundo semestre de 2010. E terminou no dia 30 de setembro. Neste intervalo de tempo, cansei de perder a noção dos dias das semanas, das horas dos dias e, principalmente, das noites. Claro que nem tudo foi campanha em minha vida, mas cuidar de alguns encontros ao lado da amiga Elisa Alencar e se preocupar com a imagem da deputada junto à grande imprensa não é brincadeira.

Devo dizer a meus sete leitores que percorri boa parte do quadrilátero demarcado pela Missão Cruls. Do Engenho das Lages à Planaltina, passei por Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas, Paranoá, Itapoã, Sobradinho, Gama, Santa Maria, Estrutural, Guará... Todas as cidades do DF. Sem exageros.

Na última semana a coisa complicou. Se antes acordava às 5h30 para ler os jornais, já não conseguia fazê-lo. O despertar se dava às 6h30 e, em alguns dias, às 7h. Graças a Deus não abri mão do almoço, feito liturgicamente às 12h30. Mas no resto, tive que agonizar. Meu corpo apresentou sinais de cansaço. Chegando ao cúmulo de "pipocar" manchas na pele, o que levei na brincadeira me apelidando de “dálmata do cerrado”.

Quando menos percebi, estávamos às portas das eleições. Foram 3 meses de correria para que, em 30 segundos, eu declarasse para o Brasil minhas pretenções de mudar minha cidade, meu país. Muita responsabilidade que acolho com paixão, dedicação e confiança. A cada quatro anos temos a graça de tentar mudar o que não consideramos bom. Mas vamos voltar ao tempo e espaço.

Em alguns momentos desta luta diária pensava que o tempo era curto demais. Em outros, acreditava que chegaria o Natal, mas não chegaria o dia 3 de outubro. Todos os instantes compartilhados com amigos que trilharam o mesmo caminho que eu. Dizer que estou pronto para outra é exagero. Posso, no máximo, estar pronto para levar a jornada até o fim dos trabalhos legislativos deste ano. Depois preciso de férias e de uma boa viagem bolivariana, já comentada neste humilde espaço.

A todos que nos ajudaram e a todos que fizeram real o sonho percorrido durante esses três meses, muito obrigado. O esforço valeu a pena. Eliana Pedrosa (DEM) reeleita com 35.387 votos, a segunda melhor votação do DF.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Imagem - Sinais de abandono em BSB

A gente percebe que a cidade está meio largada quando se depara com situações como a que flagrei no fim da tarde de quarta-feira (29/09). Brasília, você não merece tanto abandono por parte dos governantes. Dias melhores virão.




Semáforo na saída do Sudoeste para o Eixo Monumental

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Brasília sem horizonte

Há três dias nós, moradores de Brasília, perdemos o nosso lindo horizonte. Não é exagero. A fumaça das centenas de incêndios que castigaram o cerrado nestes quatro meses de seca, somada à poeira das obras inacabadas da nossa cidade, cobriu os nossos pontos cardeais. Norte, sul, leste, oeste e todos os derivados dessa combinação de direções desapareceram.

Estive ontem na Praça do Cruzeiro, onde foi celebrada a primeira missa no quadrilátero que receberia a nova capital. O local é o mais alto ponto do Distrito Federal e fica perto do Memorial JK. De lá, um breve giro de 360º permite a contemplação de todo o horizonte da nossa bela terra. Mas nos últimos três dias isso foi impossível. O cenário é, no mínimo, lamentável. Para deixar registrado esse momento ímpar, pois nos 29 anos que moro em Brasília nunca vi algo igual, resolvi escrever algo diferente. Não sou bom nisso, mas segue aí para meus sete leitores.

Cadê meu horizonte

A alvorada despertou meus filhos
do Planalto Central, mostrei meu horizonte
Anos após anos fui digna de imagens e momentos
nunca imaginei ser pega assim, de surpresa

Um perguntou: o que ocorre?
o outro foi direto: que dia feio
Sofri com a fumaça e a poeira
perdi o horizonte da Praça do Cruzeiro

Mas, como sempre, vou sobreviver
a água limpará o céu e mostrará seu esplendor
A meus filhos peço paciência
tenho algo guardado com muito amor

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Para onde caminha a cidadania?

Amigos, em primeiro lugar quero dizer que ganhei dois leitores nas últimas semanas. Um deles mora em São Paulo e nos conhecemos há anos. Adriano de Paula, membro da Opus Dei e praticamente um irmão para mim. A outra leitora é Dayse Senna, pessoa que integra a competente equipe da Agência Xeque-Mate Comunicação. Obrigado pela leitura e agora, com vocês, já contabilizo sete leitores.

Esta semana foi comemorada a Independência do Brasil. Todo 7 de Setembro temos desfiles pelo país, shows aéreos e tantas outras atrações. Em Brasília, é presença certa do presidente da República na Esplanada dos Ministérios. Também é certo que a seca no Planalto Central castiga os patriotas que vão até o local para ver o desfile cívico, que muito me agrada. Este ano não teve o famoso banho coletivo, promovido por caminhões-pipa que molham a multidão.

Mas na segunda-feira, antes da data comemorativa, um comentário do meu professor de espanhol me chamou atenção. Ele sabia que era feriado, mas não sabia que era o Dia da Independência. Ele é argentino. Mas não o culpo por não saber da data. Afinal, qual brasileiro sabe a data da independência dos ‘hermanos’? Mas o que ele disse que me assustou. Leiam a seguir:

- Ah! Então é Dia da Independência. Sabia que duas secretárias brasileiras não souberam me dizer isso na sexta-feira? Agora sei, porque você é periodista (jornalista) e me falou. Muitas pessoas comuns não sabem disso.

É triste, mas tenho que admitir que ele tem razão. Quando estudava ainda no antigo Primeiro Grau, toda segunda-feira cantávamos o Hino Nacional na escola antes do início das aulas. Hoje, meus sobrinhos não sabem o hino do seu próprio país. Além disso, tínhamos uma matéria chamada Educação Moral e Cívica. Nela, aprendíamos sobre datas importantes como a do 7 de Setembro, 15 de Novembro e outras tantas. Agora, não sei ao certo o que ensinam nas salas de aula.

O que me espanta é ver que o brasileiro e, as crianças em especial, cada dia mais ligam patriotismo ao futebol. Há dois meses, muitas estavam vestidas de verde-amarelo, carregando bandeiras, soprando cornetas e gritando “Brasil, Brasil, Brasil”. Não quero ver cidadãos alienados na pátria, mas saber o que ocorre em seu próprio território e a história de seu país é uma forma de manter viva a chama do amor, do respeito e da dedicação para melhorar a nação.

Espero que isso mude um dia. Espero que a educação evolua e que o Brasil deixe de apresentar dados como o da última pesquisa de domicílio do IBGE, que mostra um leve aumento da taxa de analfabetismo nesse gigante adormecido.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Esquecer de esquecer

Desde que o mundo é mundo o esquecimento é parte da vida de cada um. Desafio um dos meus cinco leitores e dizer que nunca se esqueceu de algo. Impossível! Mas no meu caso a coisa tá ficando complicada. Imaginem toda vez que você sai de casa tem que voltar para pegar algo que esqueceu. Sim, toda hora que me proponho a fazer algo logo lembro que estou esquecendo outro algo. Incrível!

Vou relatar alguns exemplos. Antes de ir ao trabalho, liturgicamente, preparo minha mochila e coloco tudo que preciso dentro: computador, fonte de energia, internet móvel, nécessaire, lanche para o meio da tarde ou manhã, bloco de notas, canetas, CDs... Enfim, tudo que provavelmente vou precisar durante a jornada. Mas quando coloco a bolsa no carro lembro-me de algo que esqueci. Aí lá vou eu voltar para pegar esse negócio e seguir viagem.

Academia. Não gosto de malhar sem iPod, toalha ou luva. Mas sempre esqueço um dos três itens assim que ligo o carro. Dá vontade de sair gritando, mas o negócio é desligar o motor, descer, encarar as escadas novamente e pegar o que falta. E o esquecimento não ocorre apenas nesses momentos. Durante todo o dia percebo que vivo esquecendo.

Quando desço ao plenário da Câmara Legislativa, os coleguinhas (jornalistas) já escondem as canetas. É orquestrado (risos). Porque quase todo dia peço alguma emprestada porque esqueci a minha. Quando não é caneta, peço papel. E assim vou levando, com muito humor, meu trabalho.

Ao me despertar hoje pensei em uma forma de nunca mais esquecer nada. Simples. É só eu me esquecer de esquecer as coisas e nunca mais terei problemas com o esquecimento.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Preparando uma viagem bolivariana

Uma viagem me aguarda. Ela precisa ser preparada, programada, estudada e, por fim, executada. Uma inspiração bolivariana. Há anos conversei com meu afilhado, ainda solteiro, sobre a possibilidade de partirmos de Brasília e, em um mês, percorrer a maior quilometragem possível pela América do Sul. No percurso, usaríamos avião, trem, moto, carro e animais, se preciso fosse. Uma aventura antes dos 30 anos.

Pois bem. Para quem viu e participou, em janeiro completei a jornada. Cheguei aos 30 e nada da viagem ocorrer. Nesse meio termo, Leonardo casou-se com minha prima. Agora a aventura deverá ser vivida sozinha. Não me assusta. Pelo contrário, me motiva. E os mapas já foram comprados. Em conversas com um amigo e outro, traço o destino imaginário em minha mente.

Quem puder contribuir com destinos e situações que devem ser vividas pode enviar um e-mail para este blogueiro. Agradeço, desde já, aos meus cinco leitores. Tenho certeza que terei o apoio deles e também a leitura do relato da viagem. Ah, a data para a execução da aventura será novembro, se nada ocorrer.

Obrigado desde já
edersoneuripedes@gmail.com

terça-feira, 8 de junho de 2010

Eterno debate - Brasil x Argentina

Terça-feira. Para meu professor de espanhol apenas martes. É assim mesmo. Sempre que chego às aulas nesse dia ele vem logo corrigindo tudo. Como na semana passada tive um probleminha de saúde (lasquei o joelho na parede enquanto dormia e isso me rendeu cinco dias de molho com a perna para o alto), a aula foi terrível. Estava em uma lerdeza só. ¡Hola! Buen dia! Nada disso. Poderia perguntar a ele: ¿Lo que es bueno? Pero yo no soy una persona que molesta a nadie. E por isso fui educado.

O papo estava fluindo na lanchonete que fica no térreo do prédio onde tenho aulas. Ele, argentino de Buenos Aires, questionava-me sobre a globalização. Perguntou-me se eu via mais fatores positivos ou negativos com o fenômeno. E citou o caso do vazamento de petróleo no Golfo do México. “Una empresa británica que la exploración de petróleo en Estados Unidos. Y no está hablando de las empresas brasileñas o argentinas”.

Que papo para um café da manhã. Nesta hora em que ele me falava, eu pensava na abertura da Copa do Mundo, com o jogo entre África do Sul e México, na sexta-feira. Mesmo assim, fiz um esforço para falar um pouco sobre a questão. Tentei explicar a ele que eu era a favor da globalização. “Sin ella, el mundo no sería tan entrelazados. Así que me gusta la idea del fenômeno”, argumentei.

Depois de algum tempo, decidi cortar aquele papo. E perguntei se ele estava se preparando para a Copa. Sempre muito cômico, Santiago sorriu e disparou: “El equipo argentino tiene muchas posibilidades de ganar. Creo que mi esposa va a llorar un poco cuando Brasil fue eliminado”. Você me mata de rir, hermano portenho. “Esto no es cierto. Brasil será campeón. ¿Quiere apostar?”, desafiei.

Ora bolas, em plena manhã um argentino ousa querer ser melhor que nós, brasileiros, no futebol. Não entramos naquela eterna discussão entre Pelé e Maradona. Também, pra que perder tempo com algo tão óbvio? A aula acabou sem que ele aceitasse minha aposta. Eu, como sempre, estou ansioso para ver a Copa do Mundo. Espero sempre quatro anos por essa competição. E agora, batendo à porta, vejo que teremos jogos memoráveis pela frente. E espero, do fundo do coração, que encaremos a Argentina nas quartas ou na semi. Seria ótimo ver a cara do Santiago depois da eliminação da equipe do Maradona. Hasta la vista, hermano.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vim, vi e venci...

Algumas coisas acontecem em nossas vidas para nos alertar, direcionar ou simplesmente para mostrar uma realidade que não queremos ver. Não estou escrevendo isso porque algo ocorreu em minha vida que sirva de exemplo para meus cinco leitores. Escrevo apenas porque me veio ao coração essa noção de acontecimentos. Quem nunca se deparou com uma situação e disse “É um aviso”, “Isso quer dizer algo” ou coisa parecida?

Pois bem meu quinteto favorito. Hoje é um dia daqueles. Segunda-feira depois de um fim de semana com muitas emoções. Afinal, fomos campeões do Torneio Interno de Futebol do Superior Tribunal Militar. As emoções ficaram por conta do amigo Rubens, o grande homenageado do dia, e de meu pai, que depois de 10 anos voltou à sede da Assejumi. Amizades antigas reconheceram os esforços dele durante seus anos de dedicação ao STM.

Mas voltando ao assunto primordial. O que me mostrou essa nossa conquista é podemos mais. Apenas isso. E não é nada par alertar ou para direcionar. Apenas para dizer que podemos mais, que somos mais. Reconhecer, com otimismo, momentos da vida é um dom maravilhoso. Temos sempre a mania de reclamar, nos fazermos de vítimas, achar que nunca está bom e por aí vai. Mas hoje tenho uma certeza: somos mais.

A vida não é vivida separadamente. Nem monges conseguem isso, pois vivem em comunidade. E a melhor forma é ser otimista. É ver a metade do copo cheia sempre. Ver que ainda dá tempo de virar o jogo. Perceber que a hora é essa. Vivemos essa virada neste torneio. Foi possível. E tenho certeza que se é possível para mim, é possível para todos. Basta acreditar.

Foi assim que saímos da falta de esperança, como narrado em outro post neste espaço, e chegamos à glória. Não desistimos. Não desanimamos. Apenas encaramos os desafios com muita garra e seriedade. Com isso, a vitória foi inevitável. Parabéns Canarinho por mais esse título.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Nunca desanime por nada (motivacional)

“Reunir-se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e trabalhar juntos é sucesso”.
Henry Ford – Fundador da Ford

Nada que leve ao sucesso é feito por apenas um homem. Durante o decorrer da longa caminhada aparecem centenas de pessoas que acolhem um ideal, se doam por uma causa e acreditam em um projeto. Se preciso for, removem montanhas para que o triunfo seja alcançado. E sabe por que todo o esforço vale a pena? Porque o gosto da vitória é indescritível. Vencer é a meta de qualquer equipe. E todos querem isso. Esperam por isso. E trabalham para isso.

Durante essa grande estrada que leva ao sucesso nem sempre as coisas são fáceis ou saem como o planejado. Existem episódios que desagregam, que desanimam e que fazem desacreditar naquilo que tanto motivou no início. Duvidamos de nossos ideais, das nossas forças, da nossa capacidade e acabamos tropeçando em nossas próprias pernas por não acompanharmos a marcha que segue ao nosso lado.

O que fazer nessa hora? Seguir. Seguir é sempre importante e bom. Ficar parado é entregar-se à derrota e não é isso que se busca na vida. Se acomodar é dar espaço para que outros ocupem o seu lugar. É claro que continuar em momentos difíceis não é tarefa simples. O que um artista faz quando cai no palco? Chora? Com certeza sim. Afinal, foram anos de treinamento para uma queda estragar tudo. Sozinho, nesse instante, por alguns décimos de segundo muitas dúvidas surgem em sua cabeça. Onde errei? O que faltou? Por que isso aconteceu comigo? Tudo em um único e pequeno momento.

Mas durante o choro, mesmo que silencioso, uma certeza: é preciso levantar. A vida é um grande espetáculo. O palco está sempre montado, preparado para receber os mais diversos tipos de atores e as mais diversas atrações. E por incrível que pareça, nem sempre há tempo para ensaiar. É preciso estar pronto, disposto a executar os números mais simples e também os mais complexos. E durante a apresentação, pelo menos três elementos são fundamentais: confiança, habilidade e espírito de equipe. Confiar no que o outro faz, expor suas habilidades para somar no trabalho e perceber que sem o esforço mútuo nada acontece.

E se um erro ocorrer? Um deslize derrubar parte do grupo. Sempre haverá um que permanecerá em pé e servirá de apoio para o levante dos outros. O espetáculo não pode parar. E você, na sua individualidade, é parte de toda uma equipe que faz acontecer e se prepara para a vitória. Sem disponibilidade e habilidade, não haverá futuro glorioso. Confie no trabalho, na entrega, no outro e, principalmente, confie em si mesmo. Cada qual, com seus carismas e dons, é fundamental para o êxito da vida.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Uma batalha para todo sempre

Vocês se lembram da cena do filme “Coração Valente” onde William Wallace (personagem interpretado por Mel Gibson) enfrenta o exército inglês com poucos escoceses e consegue a vitória? Pois bem, no sábado tivemos nosso momento de conquista, de vitória, de glória... E tudo ocorreu em exatos 50 minutos.

O prenúncio de minutos sofridos era nítido. Um dia ensolarado, com temperatura elevada e umidade baixa. Um clima nada amistoso para uma partida de futebol perto de meio-dia. E a arena do combate ficava longe do nosso forte, nas proximidades do Gama (45 km de Brasília). E o nosso exército estava desfalcado. Do goleiro ao ponta-esquerda. Mas a superação sobressaiu à hostilidade.

O atacante virou goleiro no primeiro tempo. Esse blogueiro colocou a armadora de arqueiro e partiu para baixo do arco. Nossos guerreiros tentavam a todo custo acertar o alvo, mas sem sucesso. Foi quando, em uma investida pela direita, o inimigo abriu o marcador. Um louco partiu para cima de nossa infantaria e conseguiu furar o bloqueio, balançando a rede do meu gol. Eu ainda consegui encostar na pelota, mas nada que pudesse impedir a marcação do tento.

Poucos minutos depois, veio uma bomba de fora da área. A bola bateu no meu zagueiro e em mim e começou a rolar vagarosamente rumo à linha do meu arco. Eu consegui segurá-la, mas o fogo amigo foi inevitável. Christian soltou a perda e em uma explosão de forças fez meu ombro se contundir e a bola chegar levemente ao pé do adversário: 2 a 0. Fiquei no chão por alguns minutos como soldado ferido em batalha. Em seguida findou a etapa inicial.

Veio o segundo tempo. E com ele mudanças. O comportamento dos guerreiros é que faz a diferença em uma batalha. E nós, com todo respeito ao lado de lá, aniquilamos qualquer linha de defesa e fizemos o melhor segundo tempo de todos os tempos da nossa querida Sociedade Esportiva Canarinho. A mudança foi simples. O goleiro virou atacante. O atacante virou meia e o lateral virou goleiro.

O resultado foi digno das telas do cinema. O primeiro gol não tardou a sair. Pela direita, Paulo lançou Neco, que de calcanhar rolou para Edinho. Foguete para acordar a coruja. Em seguida, furaram nosso bloqueio pela terceira vez. A resposta não tardou a ocorrer. E após “assassinar” a pelota em seu peito, Neco rolou para Paulo soltar outra bomba, dessa vez no canto.

A subida no melhor estilo “Coração Valente” levou a outras baixas. E faltando uns 10 minutos para o fim o placar marcava 5 a 2 para os adversários. Era hora do tudo ou nada. Nossa torcida pulava fora do alambrado. Companheiros de outras batalhas que neste dia não vestiam a armadura amarela e azul. O grito deles fez pulsar ainda mais nossos corações e o que se passou daí adiante foi um verdadeiro massacre.

Era tiro pela direta, pela esquerda, bomba vindo de cima e até de baixo. Não tinha quem segurasse o ataque “kamikaze” promovido pelo trio Edinho, Paulo e Neco. Nesse curto período de tempo, fizemos quatro gols e conseguimos o triunfo. Um tento, em especial, merece ser narrado aqui.

O jogo estava em 5 a 5 e o árbitro estava dando um minuto de desconto. Bola pra frente e Neco tenta um drible em direção ao gol. O zagueiro corta e cede o escanteio. O “professor” deu a entender que seria o último lance da partida. Edinho correu no batedor e pediu para cobrar no segundo poste. Em seguida, falou para Neco e Christian – que estavam ganhando todas no ar – puxarem os marcadores para o primeiro poste.

Veio a bola. Parecia um “ao vivo” em câmera lenta. Neco correu levando consigo dois marcadores. Christian fez o mesmo. A bola passou sobre eles devagar, como se nunca mais fosse cair. Aí a surpresa. Edinho estava sozinho no segundo poste e pode fazer pose para marcar o gol da vitória. A partir daí, o que escutamos foi que os guerreiros voltaram a honrar a camisa do Canarinho como há tempos não se via.

O alívio estava estampado no rosto de cada guerreiro e as marcas dessa conquista podem ser vistas em seus corpos até hoje. Em um no ombro, em outro no tornozelo, na perna, no braço... Ao fim daquele jogo, percebi porque uma batalha torna-se inesquecível e como ela será lembrada de geração em geração, por todos os séculos, até o fim dos tempos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Gabinete nas pistas

Meus amados cinco leitores, a semana tá uma correria só no trabalho. Não tive tempo que redigir algumas palavras nos últimos dias, mas vou redimir-me com vocês apresentando uma corrida de fazer inveja ao Rubinho “Pé de Chinelo”. E ocorreu na segunda-feira (03) pela noite, no FreeKart. Éramos 11 pilotos. E o racha foi sensacional.

Como relatei no post anterior, a segunda-feira foi um dia de muita preguiça. Quando retornei à minha casa, ainda pensei em não participar do encontro. Mas precisava jogar essa coisa fora e retomar meu ritmo de vida, que não permite desânimos ou molezas. Vesti-me de preto e segui rumo ao circuito. Chegando lá, deu tempo de tomar uma cerveja antes de encarar minha máquina. Pedi um capacete preto e, a essa altura, estava me sentindo o Dark Vader. Mas sem o lado negro da Força.

A classificação começou e não consegui fazer mais que um quinto tempo, com 35,42 segundos. Decepcionante. Fiquei atrás de Edmilson Hardman (33.35), Alisson Alves (34.61), Fernando Neves (35.07) e Marcello Menezes (35.30). Fiquei à frente de outros seis pilotos.

A corrida durou 20,04 minutos. E o resultado final, com o nome do piloto e sua melhor volta, foi:

Edmilson Hardman (32,05)
Alisson Alves (32,46)
Marcello Menezes (32,65)
EDERSON MARQUES (33,16)
Fernando Neves (33,68)
Rodrigo Alencar (34,26)
João Henrique (33,73)
Paulo Neves (34,92)
Marcelo Ceciliano (34,50)
José Lima (34,99)
Eduardo Miranda (36,05)

Minha melhor volta cravou 33,16 segundos. O vencedor da prova fez como melhor volta nada menos que 32,05 segundos. Resultado: levei duas voltas dele. Mas cabeça erguida. Larguei em quinto e cheguei em quarto. Vitória. Vou treinar para o próximo mês e mostrar que também tenho minhas cartas na manga. Aguardem!!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Preguiça de segunda-feira

Falar do fim de semana é sempre bom. Mas confesso que hoje estou com preguiça de relatar como foi o sábado e domingo. Acaba que é quase sempre a mesma coisa. Sem o Botafogo para me fazer torcer, pois fomos campeões antecipados, o futebol ficou por conta da pelada na Boca do Tigre. E foi animada. Três times e meio agitaram 4 horas de pura arte no tapete verde da Chácara São Francisco.

As cenas são sempre as mesmas:

1 – Aula de Neco (Zidane) gratuita
2 – Manoel tomando várias canetas do Edinho
3 – Neco (Zidane) anulando Edinho (Messi) na marcação
4 – Rezende isolando a bola a todo moNegritomento
5 – Gol de cabeça de Neco (Zidane)
6 – Jorginho frangando mais que o Bruno do Flamengo
7 – Neco (Zidane) fazendo gol por cobertura
8 – Edinho e Rezende fulos pelas derrotas consecutivas
9 – Júnior chutando a bola no galinheiro
10 – A torcida aplaudindo Neco (Zidane)

Assim, sem surpresas a pelada no Dia do Trabalho. Já no domingo, eu tive que trabalhar. Percorri mais de 300 km em um único dia. Esse Distrito Federal está me consumindo. O bom foi o almoço no restaurante argentino Corrientes 348 com a minha francesa e depois arrumação de minha coleção de DVDs, que ontem ganhou outros quatro títulos. Com muita preguiça nesta segundona de meu Deus, foi assim o fim de semana desse eterno botafoguense.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

COPA DO MUNDO: Em defesa de Brasília

Várias campanhas difamatórias contra Brasília já consumiram os noticiários nacionais. Corrupção é o tema favorito dos veículos de comunicação. E eu concordo que a pauta neste assunto é vasta e, inclusive, tem personagens de todos os Estados brasileiros. E não poderia ser diferente. Brasília é a capital da República. Queiram ou não, é aqui que as grandes decisões são tomadas. E, lamentavelmente, é aqui também que os “esquemas” são montados.

O mensalão do DEM fez a cidade sangrar ainda mais. Para nós, moradores de Brasília, sair para outra cidade a passeio tornou-se algo complicado. Digo isso porque sempre que saio do quadrilátero as pessoas dizem: “Em Brasília só tem ladrão”. Essa frase é dura de engolir. Preconceituosos. Sempre tentando denegrir a imagem da cidade e de seus habitantes.

E foi exatamente com esse pensando que me deparei ao ler a notícia de que o ministro dos Esportes, Orlando Silva, pedirá ao governador do DF, Rogério Rosso (PMDB), para que faça um projeto mais “modesto” na ampliação do Estádio Mané Garrincha. Ele quer que a “nossa arena” comporte apenas 40 mil torcedores. Pelo projeto atual, o mais belo do Brasil, são 71 mil lugares. A justificativa do ministro é que com um estádio mais modesto, não corremos o risco de aplicarmos mal os recursos públicos. Balela!

No fundo, o ministro quer ajudar São Paulo a receber o jogo de abertura da Copa no Morumbi. Tudo porque se o Mané Garrincha realmente aceitar essa reforma menor, a Fifa não permitirá o primeiro jogo do Mundial na capital federal. Simples. A Fifa considera que um estádio para apenas 40 mil torcedores não está apto a receber jogos de abertura e final da Copa. Orlando entrou no jogo para tirar de Brasília a honra de sediar o jogo de abertura. Ele não se preocupa em nada com a cidade ou com seus moradores.

Em primeiro lugar, nobre ministro, palavra que Brasília não conhece éMODÉSTIA”. Creio que os monumentos projetados por Oscar Niemeyer, o plano urbanístico de Lucio Costa, as obras de Athos Bulcão e os jardins de Burle Marx falam por si só. Imaginem o presidente Juscelino Kubitschek pensando na construção da capital e fala para seus assessores: “vamos fazer uma capital no centro do Brasil, mas sejamos modestos porque a oposição vai nos criticar”. Parece brincadeira pensar em um projeto “modesto” quando o assunto é a Copa do Mundo de 2014.

Ora ministro, nós temos na democracia órgãos fiscalizadores. O Ministério Público, os Tribunais de Contas e a própria imprensa têm o dever de fiscalizar os gastos públicos. O gestor que fizer mal uso do dinheiro público deve ser penalizado e existem leis para isso. Brasília sangrou e sangra por conta de escândalos sucessivos. A sociedade brasiliense merece receber jogos da Copa, e se possível a abertura. Se um político desvia recursos, a pena recai sobre os moradores de Brasília - que ficariam sem a abertura do Mundial? Poderíamos fazer isso também no Rio de Janeiro, por exemplo. Por lá, ficou mais que comprovado o superfaturamento na realização do Pan-Americano. Mesmo assim, ninguém cogita a ideia de se retirar, do Maracanã, a final da Copa.

O ministro ainda disse que Brasília não tem demanda para um estádio de 71 mil lugares. Se pensarmos só no futebol, ele tem razão. Nosso campeonato regional não consegue lotar o Bezerrão. Mas o projeto do Mané Garrincha não prevê apenas um campo de futebol e vestiários para os atletas. Uma arena moderna prevê espaço cultural e abre suas portas para grandes shows. Aliás, para quem não sabe, Brasília perdeu grandes artistas nos últimos anos por não ter um equipamento moderno como esse que está sendo projetado para o nosso Mané.

Uma capital com 2,5 milhões de habitantes. Falar que não há demanda para ocupar 71 mil lugares parece piada para criança ouvir. Esse é o segundo motivo que me chama a atenção na declaração do ministro. Esse homem de Estado, que mora em Brasília, deveria sair da Esplanada dos Ministérios e conhecer o que está a sua volta e largar mão de seu preconceito. A nós, brasilienses, resta lutar mais e mais para que declarações como essas não prejudiquem nossas vidas e a vida de nossa capital. Brasília é, sim, a melhor cidade para se realizar a abertura da Copa do Mundo de 2014. E a Fifa já sinalizou isso. Mas o ministro Orlando Silva acha o contrário.

Projeção do Mané Garrincha para a Copa de 2014

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tristeza que deixa a saudade

É. Como explicar tamanha tristeza? Em um dia estou no paraíso, no outro em uma cidade pegando fogo. Foi nesse último fim de semana. Sair de Brasília para passar algumas horas na Chácara São Francisco é sempre bom. Mas ter sua estada interrompida por um telefonema e ter que voltar quase de madrugada para a capital é um pecado mortal. Deixar o calor da família e voltar para a solidão do concreto armado projetado por Oscar Niemeyer... vida cruel!

Cheguei para almoçar. Na correria do dia, mamãe ainda arrumou tempo para preparar alguma coisa pra gente. Tudo de bom. Logo depois, o sol foi um convite para um pulo na piscina. Música sertaneja, presença do irmão mais velho, dos sobrinhos e de amigos. Tudo acompanhado por um drink copiado por mim de uma receita francesa: Menthe a l'eau. A bebida leva xarope de menta e água com gás em um copo com gelo. Como não encontrei o xarope de menta, resolvi experimentar com o xarope de guaraná. Aprovado por aqueles que experimentaram.

O calor ainda consumia a terra quando a pelota rolou. Dois times fracos se enfrentavam na Boca do Tigre. O campo, como sempre, lembrava um tapete verde. No time de lá: Donizeth, Rezende, Edinho, Paraíba e Jorge. Ao meu lado: Jorginho, Manoel, Rogério e Matheus. Pelada animada, apesar de contar com apenas duas equipes. Em quase 3 horas, tudo resolvido. Uma vitória para cada lado.

Voltamos e engatamos no dominó. Chácara pela noite só se consegue fazer três coisas. A primeira é jogar dominó. A segunda é jogar truco. A terceira é contar histórias de assombração para as crianças. Neste dia tinha pouca criança. A primeira e segunda opções reinaram. Foi quando meu telefone apitou. Como disse Lúcia Hippolito em um vídeo no Youtube: “tá piscando uma luzinha aqui”. Olhei e deparei-me com seis chamadas não atendidas. Pensei: “alguém morreu”.

Na verdade, as chamaras eram uma convocação. Retornei a ligação – infeliz decisão – e percebi que haveria uma reunião às 9h do dia seguinte. Lá se foi minha tranqüilidade. Não me animei mais. Pensei em voltar para a cidade ainda naquela noite. Decisão deixada de lado por conta do sono que me consumia. Resolvi voltar às 6h do domingo.

Dito e feito. Peguei meu carro logo cedo e abandonei a todos, que continuavam dormindo. O dever me chama. Encarei sozinho a BR-060 de volta para Brasília. Tudo bem, o que fica em nossas vidas são os momentos. E esse eu fiz questão de relatar aqui. Viva a Chácara São Francisco. Qualquer cinco minutos por lá é mais que um mês pela capital federal.

No fim, fica a saudade disso que aparece na foto

terça-feira, 20 de abril de 2010

Obra de arte - El 'pênalti' Loco

De volta, depois de ter perdido o caminho de casa na comemoração do título carioca do Botafogo. É, depois de três anos escutando todo tipo de piadinha de flamenguista finalmente chegou nossa vez. E em grande estilo e da melhor maneira possível, com dois gols de pênaltis. Por quê? Oras, o Flamengo sempre ganha os seus jogos decisivos por meio de lances polêmicos e quer mais polêmica que marcar dois pênaltis para o mesmo time em uma final?

Jovane Nunes escreveu no Correio Braziliense sobre a conquista do Botafogo: “A bola levou exatos 54min32s desde o pé do Loco até o fundo da rede. Um golaço de pênalti”. Nunca li algo tão real na minha vida. Aquele pênalti foi uma das coisas que mais gerou ansiedade e prazer na torcida do Botafogo. Parecia-me uma eternidade a cobrança do Loco Abreu. A bola subindo, desenhando uma parábola perfeita, “riscando” o travessão, quicando no gramado dentro do gol do Bruno, voltando e balançando levemente a rede do Flamengo. Simplesmente sensacional.

Quem falar que não existe golaço de pênalti não sabe ou nunca viu uma cobrança dessas. Cobrança, aliás, digna de craques. Zinedini Zidane mostrou como se faz na final da Copa do Mundo de 2006. Um ano depois, o mesmo Loco Abreu bateu uma penalidade sobre o nosso querido Brasil numa semi-final de Copa América. É, meus cinco leitores, parece que pênaltis como esses só podem ser vistos em jogos decisivos. E que bom que é assim. Que venham novos jogos, novas finais, novos “Locos” e, claro, novas conquistas. BOTAFOGO CAMPEÃO DESDE 1910.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Istó é Brasília - Superquadras

Brasília tem várias particularidades. Uma delas está na concepção de sua área residencial. As chamadas superquadras. Prédios com pilotis - possibilitando a ventilação - e parques para crianças são marcas registradas da ideia de Lucio Costa. Quem vive na capital sabe da qualidade de vida que tal projeto proporciona e entende as expressões "mãe, vou descer" e "tá embaixo do bloco". Para quem não mora, isso parece coisa de louco. Para retratar um pouco do que só Brasília tem, a seguir uma foto de uma superquadra no Plano Piloto.

Superquadra 308 Sul

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Futebol, na visão das mulheres

Sou totalmente a favor de mulheres adotarem o futebol como um esporte. Está aí a nossa amada Marta para provar que mulher dá couro em muito marmanjo dentro de campo. Mas, apesar de toda a igualdade pregada pelo movimento feminista há décadas, temos de discordar em um ponto: o mundo feminino ainda é uma criança quando o assunto é futebol.

Discutir futebol com uma mulher é, no mínimo, cômico. Primeiro, porque quase todas são flamenguistas. E torcem para esse time porque não se interessam pelo esporte. Acham bonito ver o Maracanã lotado pelo urubuzada e ficam comovidas. Outras torcem para o São Paulo. Aliás, muitas já me confidenciaram que começaram a torcer para o Tricolor porque o Kaká jogava lá. Então...

Mas a coisa está evoluindo. É cada vez mais comum ver uma mulher comentando as negociações, tendências dos clubes e, claro, onde seu jogador preferido vai atuar na próxima temporada. Praticamente uma bolsa de apostas no mundo feminino querendo advinhar onde os craques estarão jogando na próxima temporada.

Recentemente, recebi a ata da Bolsa de Apostas Femininas para o Futebol. Incrível como elas encaram o mercado de forma totalmente profissional, inclusive com imagens para deixar ainda mais transparente toda a aposta. Li, na primeira página, que o Arsenal estava querendo contratar o Pato do Milan. Coisa quente no mercado da bola. A seguir, a ilustração delas:

Manchete e ilustração da informação: Pato na mira do Arsenal

O mesmo Milan estaria disposto a deixar Ronaldinho Gaúcho retornar aos gramados brasileiros. E era o Palmeiras atrás de Ronaldinho:
Batendo um bolão no Flamengo, Wágner Love seria a posta do Santos para compor com "os meninos da Vila". Na chamada: Love na Vila:
Gordinho e insatisfeito com a torcida do Timão, Ronaldo estaria deixando o Brasil e já estava assinando com os Rangers:
O que parece inacriditável está para ocorrer. Riquelme, craque argentino, está no Cruzeiro. Confiram:
E um alemão chegou à França. Chamada: Klose no Lyon.
Mas o Dentinho é o mais comentado. Elas adoraram a ideia do Boca querer Dentinho:
E depois, de que Dentinho já estaria no Galo.
E após rumores de que Petkovic estaria mal no Flamengo, eis o grande furo: Andrade descarta Pet.


Elas são ou não são demais?

Bolo duplo, segue a vida amigos

Jornalista é uma classe esquisita mesmo. Estou começando a desconfiar que marcar algo com jornalista, fora da questão profissional, é pura decepção. Em primeiro lugar, eles sempre se atrasam. Não adianta marcar hora. O cara sempre chega depois, isso quando vai. Porque ontem levei um bolo duplo pra casa ao tentar encontrar Bruna de Castro e Lenilton Costa.

Com os ponteiros acertados, nos encontraríamos às 19h30 no Talk Show da rádio CBN. A convidada de Estevão Damázio era a comentarista política Lúcia Hippolito. Além de escutar sobre política, o que sempre nos agrada, o encontro serviria para tratar de questões profissionais também, por que não? Jornalistas quando se encontram sempre acabam falando de jornalismo e política. Não tem pra onde correr. Uma merda.

Sempre britânico neste sentido, me apressei para chegar no horário. Às 16h50 fui encontrar o cientista político João Paulo Peixoto, da Universidade de Brasília, antes para uma boa conversa. Sempre de olho no relógio, calculei que o engarrafamento na saída sul de Brasília me tomaria algo em torno de 40 minutos entre a UnB e o Park Shopping. Dito e feito.

Ao som de Manu Chao, tentava me comunicar com a Bruna e o com o Lenilton para ter certeza do encontro. Nada. A partir daí, comecei a trabalhar com a possibilidade do bolo. Às 19h13, precisamente, estacionei meu carro. Às 19h18 estava na praça central do shopping, onde ocorreria o evento da CBN. Opa, pensei, dá tempo de ir até a FNAC e comprar alguns títulos: O Conde de Monte Cristo e Meu Pai, Meu Filho. Dois filmes franceses com o grande Gérard Depardieu.

Retornei ao local combinado e nada de ninguém. Às 19h45 liguei para a Bruna. Não obtive resposta. Nesse momento, Estevão e Hippolito já se preparavam para o início do show. Pouco tempo depois, Bruna retorna a ligação e avisa que estava na inauguração da nova sede do Sebrae. Conhecendo a Bruna como conheço, naquele momento descartei a possibilidade de ela chegar para um bom papo.

Enquanto Lúcia Hippolito traçava o cenário para as eleições de outubro, tentava falar com o Lenilton. Nada também. A festa estava montada e o bolo era duplo. Nunca tive uma festinha com um bolo tão legal. Um comentário da Hippolito me chamou a atenção: “O Roriz é a causa e efeito desses escândalos no DF. Fiquei surpresa quando ele se disse horrorizado na TV”, afirmou, sorrindo quase em gargalhadas.

É, deixa a política de lado e vamos nos concentrar no bolo. Já se aproximava das 21h quando decidi que não ficaria mais lá. Às 20h47 peguei meu carro e saí em direção ao Plano Piloto. Quando o relógio marcou 21h08, recebi um telefonema da Bruna perguntando se ainda dava tempo de chegar. Claro que respondi que não. O Lenilton? Esse ainda me deve uma explicação.

Pelo relato do texto, meus cinco leitores podem perceber que eu sou, sim, louco por horários. Não gosto de esperar ninguém e, por isso, não deixo ninguém esperando. Meu avô me ensinou a ser assim. Com ele, ou era pontual ou nada. Não sou lá tão radical, mas ainda carrego esse gene do eterno Sebastião Oliveira, mineiro do mais alto pedigree.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

“Você precisa é casar”

Segunda-feira, 6h30. O sol me acordara logo pela manhã. Ao levantar-me, abri a persiana do meu quarto e notei um céu azul, daqueles que só se vê em Brasília, com um ar frio típico do Planalto Central brasileiro nesta época do ano. Tudo bem, preciso balizar minha monografia e entregar a versão final ao meu orientador. Nada que em meia hora não esteja pronto.

Pois bem, foi assim. Liguei meu computador já na sala e acompanhando o Bom Dia Brasil fiz algumas correções na peça acadêmica. Agora, só me falta encontrar o tal “estudo de caso” e terminar o que já recebeu nota: SS. Desliguei o computador e percebi um ser dentro de casa. Era meu pai. Recém chegado da chácara, estava de ressaca porque o fim de semana esportivo foi ingrato com ele. Fluminense e Vila Nova (GO) perderam.

Em poucas palavras passou para a cozinha. Fui tomar um café com ele. Afinal, era hora de saber das novidades rurais e aproveitar para dar uma zoada futebolística. Puxando assunto entrei de sola:

- Teu Vila Nova, hein? Que merda de time.

Ele, sem muito ânimo, respondeu:

- Uma bosta mesmo. Não vai chegar a lugar algum.

E antes que eu falasse qualquer coisa do Fluminense ele se antecipou:

- Seu Botafogo ganhou no roubo. Aquele argentino abriu as penas e participou da jogada. O gol foi irregular porque ele estava impedido.

Não discuti, pois o freguês tem sempre a razão. Deixe a conversa fluir. Uma xícara de café pra mim e ele reclamou do pão. Estava de mau humor. Aí eu comecei a falar do meu fim de semana, dos netos dele e da possibilidade de ir ao Rio de Janeiro ver a final entre Botafogo e Flamengo. Nessa hora, uma explosão de ira. Sei lá, não entendi muito. Quem sabe meus cinco leitores não me ajudam a entender o seguinte diálogo:

- Po, pai. Não sei se vou conseguir ir ao Rio para ver a final. No sábado terá eleição indireta para governador do DF. Eu devo acompanhar. A política por aqui está vivendo dias incertos. Acho que não terei como ir ver esse jogo.

Sem mais nem menos, meu pai solta a frase que nenhum solteiro merece escutar:

- Você precisa é casar.

Como assim? Estamos falando de futebol e o cara entra de sola no assunto casamento. Essa é uma coisa que não está nos meus planos por enquanto. Preciso fazer muita coisa antes. No entanto, talvez ele tenha razão. Afinal, sou o filho caçula e os outros irmãos casaram e já têm filhos. Mesmo assim, às 7h30 da matina de uma segunda-feira, falar em casamento é uma blasfêmia até para quem já é casado.

Pelo amor de Deus pai, vamos continuar falando de futebol.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

TGM - Tabela de Graduação de Macho

1 - ESPORTES
a.. Futebol, automobilismo, esportes radicais = MACHO
b.. Boliche, voleibol = TENDÊNCIAS GAYS
c.. Aeróbica, spinning = GAY
d.. Patinação no Gelo, Ginástica Olímpica = BICHONA
e.. Os mesmos anteriores, usando short de lycra = BICHONA LOUCA

2 - COMIDAS
a.. Capivara, javali, comida muito apimentada = CONAN
b.. Churrasco, Massas, Frituras = MACHO
c.. Peixe e salada = FRESCO
d.. Sanduíches integrais = GAY
e.. Aves acompanhadas de vegetais cozidos no vapor = BICHA ASSUMIDA

3 - BEBIDAS
a.. Cachaça, cerveja, whisky = MACHO
b.. Vinho, vodka = HOMEM
c.. Caipifruta = GAY
d... Suco de frutas normais e licores doces = MUITO GAY
e.. Suco de açaí, carambola, cupuaçu, com adoçante = PERDIDAMENTE GAY

4 - HIGIENE
a.. Toma banho rápido, usa sabão em barra = LEGIONÁRIO
b.. Toma banho rápido, usa xampu e esquece das orelhas ou do pescoço = MACHO
c.. Toma banho sem pressa e curte a água = HOMEM
d.. Demora mais de meia hora e usa sabonete líquido = TENDÊNCIAS GAYS PREOCUPANTES
e.. Toma banho com sais e espuma na banheira = VIADAÇO SEM CURA

5 - CERVEJA
a.. Gelada e em grandes quantidades = DESTROÇADOR
b... Só cervejas extra, premium e importadas = HOMEM FINO DEMAIS
c.. Só uma às vezes para matar a sede = BICHICE SOB CONTROLE
d.. Com limão e guardanapo em volta do copo = BICHA
e.. Sem álcool = GAZELA SALTITANTE

6 - PRESENTES QUE GOSTA DE GANHAR
a.. Ferramentas = OGRO
b.. Garrafa de whisky = MACHO
c... Eletrônicos, informática, roupas de homem = HOMEM MODERNO
d.. Flores = VIADO
e.. Velas aromáticas, perfumes,doces caramelados, bombons = DONZELA VIRGEM

7 - CREMES

a... Só creme dental = GORILA
b.. Protetor solar só na praia e piscina = HOMEM MODERNO
c.. Usa cremes no verão = BICHA FRESCA
d.. Usa cremes o ano todo = BICHONA TOTAL
e.. Não vive sem hidratante = CONSTA NA FILA DE ESPERA DA OPERAÇÃO PRA TROCA DE SEXO

8 - ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
a.. Só dinossauros =BRUTO
b.. Tem um vira-lata que come restos da comida = HOMEM
C.. Tem cão de raça que só vive dentro de casa e come ração especial = BICHA
d.. O cão de raça dorme na sua própria cama = BICHONA TOTAL
e.. Prefere gatos = TOTALMENTE PASSIVA

9 - PLANTAS
a.. Nem pra comer = TROGLODITA
b.. Come algumas de vez em quando = RAMBO
c.. Tem umas no quintal, mas nem são regadas = HOMEM
d.. Tem plantinhas na varanda do apartamento = VIADO
e.. Rega, poda e conversa com as flores do jardim = BICHONA PERDIDA

10 - RELAÇÃO COM ESPELHO

a.. Não usa = VIKING
b.. Usa para fazer barba = MACHO
c.. Admira sua pele e observa seus músculos = GAY
d.. Idem c, e ainda analisa a bunda = LOUCA
e.. Admira-se com diferentes camisas e penteados = TRAVECO

11 - PENTEADO
a.. Não se penteia ou rapa tudo = SELVAGEM
b.. Só se penteia pra sair à noite = HOMEM
c... Penteia-se várias vezes ao dia = FRESCO
d.. Pinta o cabelo = BICHONA TOTAL
e.. Dá conselhos de penteados = BELA ADORMECIDA

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...