segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tristeza que deixa a saudade

É. Como explicar tamanha tristeza? Em um dia estou no paraíso, no outro em uma cidade pegando fogo. Foi nesse último fim de semana. Sair de Brasília para passar algumas horas na Chácara São Francisco é sempre bom. Mas ter sua estada interrompida por um telefonema e ter que voltar quase de madrugada para a capital é um pecado mortal. Deixar o calor da família e voltar para a solidão do concreto armado projetado por Oscar Niemeyer... vida cruel!

Cheguei para almoçar. Na correria do dia, mamãe ainda arrumou tempo para preparar alguma coisa pra gente. Tudo de bom. Logo depois, o sol foi um convite para um pulo na piscina. Música sertaneja, presença do irmão mais velho, dos sobrinhos e de amigos. Tudo acompanhado por um drink copiado por mim de uma receita francesa: Menthe a l'eau. A bebida leva xarope de menta e água com gás em um copo com gelo. Como não encontrei o xarope de menta, resolvi experimentar com o xarope de guaraná. Aprovado por aqueles que experimentaram.

O calor ainda consumia a terra quando a pelota rolou. Dois times fracos se enfrentavam na Boca do Tigre. O campo, como sempre, lembrava um tapete verde. No time de lá: Donizeth, Rezende, Edinho, Paraíba e Jorge. Ao meu lado: Jorginho, Manoel, Rogério e Matheus. Pelada animada, apesar de contar com apenas duas equipes. Em quase 3 horas, tudo resolvido. Uma vitória para cada lado.

Voltamos e engatamos no dominó. Chácara pela noite só se consegue fazer três coisas. A primeira é jogar dominó. A segunda é jogar truco. A terceira é contar histórias de assombração para as crianças. Neste dia tinha pouca criança. A primeira e segunda opções reinaram. Foi quando meu telefone apitou. Como disse Lúcia Hippolito em um vídeo no Youtube: “tá piscando uma luzinha aqui”. Olhei e deparei-me com seis chamadas não atendidas. Pensei: “alguém morreu”.

Na verdade, as chamaras eram uma convocação. Retornei a ligação – infeliz decisão – e percebi que haveria uma reunião às 9h do dia seguinte. Lá se foi minha tranqüilidade. Não me animei mais. Pensei em voltar para a cidade ainda naquela noite. Decisão deixada de lado por conta do sono que me consumia. Resolvi voltar às 6h do domingo.

Dito e feito. Peguei meu carro logo cedo e abandonei a todos, que continuavam dormindo. O dever me chama. Encarei sozinho a BR-060 de volta para Brasília. Tudo bem, o que fica em nossas vidas são os momentos. E esse eu fiz questão de relatar aqui. Viva a Chácara São Francisco. Qualquer cinco minutos por lá é mais que um mês pela capital federal.

No fim, fica a saudade disso que aparece na foto

Nenhum comentário:

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...