quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Para onde caminha a cidadania?

Amigos, em primeiro lugar quero dizer que ganhei dois leitores nas últimas semanas. Um deles mora em São Paulo e nos conhecemos há anos. Adriano de Paula, membro da Opus Dei e praticamente um irmão para mim. A outra leitora é Dayse Senna, pessoa que integra a competente equipe da Agência Xeque-Mate Comunicação. Obrigado pela leitura e agora, com vocês, já contabilizo sete leitores.

Esta semana foi comemorada a Independência do Brasil. Todo 7 de Setembro temos desfiles pelo país, shows aéreos e tantas outras atrações. Em Brasília, é presença certa do presidente da República na Esplanada dos Ministérios. Também é certo que a seca no Planalto Central castiga os patriotas que vão até o local para ver o desfile cívico, que muito me agrada. Este ano não teve o famoso banho coletivo, promovido por caminhões-pipa que molham a multidão.

Mas na segunda-feira, antes da data comemorativa, um comentário do meu professor de espanhol me chamou atenção. Ele sabia que era feriado, mas não sabia que era o Dia da Independência. Ele é argentino. Mas não o culpo por não saber da data. Afinal, qual brasileiro sabe a data da independência dos ‘hermanos’? Mas o que ele disse que me assustou. Leiam a seguir:

- Ah! Então é Dia da Independência. Sabia que duas secretárias brasileiras não souberam me dizer isso na sexta-feira? Agora sei, porque você é periodista (jornalista) e me falou. Muitas pessoas comuns não sabem disso.

É triste, mas tenho que admitir que ele tem razão. Quando estudava ainda no antigo Primeiro Grau, toda segunda-feira cantávamos o Hino Nacional na escola antes do início das aulas. Hoje, meus sobrinhos não sabem o hino do seu próprio país. Além disso, tínhamos uma matéria chamada Educação Moral e Cívica. Nela, aprendíamos sobre datas importantes como a do 7 de Setembro, 15 de Novembro e outras tantas. Agora, não sei ao certo o que ensinam nas salas de aula.

O que me espanta é ver que o brasileiro e, as crianças em especial, cada dia mais ligam patriotismo ao futebol. Há dois meses, muitas estavam vestidas de verde-amarelo, carregando bandeiras, soprando cornetas e gritando “Brasil, Brasil, Brasil”. Não quero ver cidadãos alienados na pátria, mas saber o que ocorre em seu próprio território e a história de seu país é uma forma de manter viva a chama do amor, do respeito e da dedicação para melhorar a nação.

Espero que isso mude um dia. Espero que a educação evolua e que o Brasil deixe de apresentar dados como o da última pesquisa de domicílio do IBGE, que mostra um leve aumento da taxa de analfabetismo nesse gigante adormecido.

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