quinta-feira, 4 de junho de 2009

São Pedro brasiliense no Rio

Já estou me convencendo de que tenho laços estreitos com São Pedro. Mas ele deve me compreender de forma equivocada, ou simplesmente faz de sacanagem. No post anterior mencionei que iríamos para Ipanema no sábado pós-Barra. Fomos sim para Ipanema, mas praia que é bom nada. Tempo fechado com pequenas rajadas de luz solar e vento contínuo que beirava os 60 km. Eis aí a visão do que poderia ser um dia de praia.

Na verdade já esperava por tal situação. Minha viagem ao Rio estava marcada, independente de trabalho. A ida pelo trampo só melhorou minha situação financeira. Mas na segunda-feira antes do fim de semana na Cidade Maravilhosa, a menina do tempo já avisava: “uma frente fria se aproxima do Sudeste e deve provocar chuvas nos próximos dias”. Dito e feito.

Na sexta-feira, quando desembarquei no Santos Dumont, o tenente Diogo foi enfático: “Suas bichas, vocês trouxeram a merda da chuva para cá. Ontem fez um calor do inferno”. E de fato foi isso mesmo. Todas as vezes que fui ao Rio de Janeiro choveu. Incrível, mas é verdade. Já fui em janeiro, fevereiro, julho, setembro, novembro... não adianta. Sempre que penso em visitar o Rio, São Pedro se adianta e manda uma frente fria para me receber.

Mesmo assim, como bons brasilienses que somos, Gerdas e eu resolvemos arrastar o Goiaba para Ipanema. Ele foi por causa da cerveja, claro. Carioca que é carioca só vai à praia com céu de brigadeiro: todo azul, sem nenhuma nuvem. Dessa vez ele teve de ir. Mas o Rio é sempre Rio. Mesmo com o tempo fechado pude constatar algumas cenas inusitadas que relato a seguir:

1) O governo carioca tirou o quiosque da amiga do Goiaba de lá. Era irregular.
2) Uma linda mulher teve coragem de ficar deitada de biquíni tomando vento no lombo.
3) A saída da amiga do Goiaba significava cerveja mais cara para meu bolso.
4) O mar, ressacado, exibia ondas de mais de 2 metros de altura.
5) E o governo ainda tirou os outros quiosques, uma merda. Cerveja agora, só a R$ 3,50.
6) Um vendedor de “Globo” – biscoito que só carioca come – passou e puxou papo com a gente.
7) Duas cariocas maravilhosas passaram correndo de tênis quase dentro do mar – vai entender.
8) O vendedor era vascaíno, mas se vangloriava com a atuação do Grêmio na Copa Libertadores. Vasco na Série B dá nisso.
9) O mar estava para surfista, mas por incrível que pareça, eles ocupavam apenas uma pequena parte da praia. Em dias de sol, esses vagabundos travam uma luta com a gente pela praia toda.
10) Agora existe um banheiro na orla de Ipanema que pagando R$ 1 você pode usar. Só em Copacabana existe essa coisa moderna.

Cenas de um dia tipicamente abençoado por São Pedro e, claro, por são Ederson. O dia passou e eu estava morto. No fim do dia tinha jogo do Botafogo no Engenhão. O Sport Recife seria a vítima da rodada. Animado, almoçamos e tentei ir, mas a fadiga bateu. Voltei para casa e fiquei na internet batendo papo com amigos, em especial uma menina que sempre me faz sorrir. Pela TV, vi um empate sofrido por 2 a 2, com o Fogão perdendo por 2 tentos de diferença e buscando o igualdade no suor. Puto da vida, resolvi comer algo e ir dormir e orar a São Pedro para que colaborasse pelo menos no domingo. Oração rejeitada friamente pelo primeiro papa. No mais, Fogão ganha uma porra!!!

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