sexta-feira, 5 de junho de 2009

EXTRA: Rotina maldita pega jornalista

Papai sempre ensinou que trabalho é uma dádiva de Deus. Concordo com Dom Lázaro, mas tenho minhas ressalvas. Trabalhar é bom. Trabalhar demais, muito e loucamente é prejudicial à saúde. Dei-me conta nos últimos dias que minha vida se resume a trabalho e estudo. Não que isso seja ruim, mas é que tudo gira em torno dessas duas variáveis.

Exemplos. Depois de um fim de semana no Rio, cidade em que estive a trabalho e aproveitei para fazer uma graça, voltei a mil. Na segunda-feira foram mais de 12 horas de ralação antes de encarar outras 3 horas de aula na UnB. E uma nova preocupação: produzir dois vídeos institucionais para sábado. No jornalismo, infelizmente, isso é algo rotineiro.

Já na terça, um momento de alívio após outras 12 horas de tronco. Uma festa na casa do deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT), que comemorava aniversário e serviu um jantar à moda mato-grossense, com direito a duplas sertanejas cantando ao vivo.

O nobre deputado faz especialização em Ciência Política comigo. Aí estavam por lá professores, alunos e colegas parlamentares. Uma confraternização animada. Animada para quem? Eu convidei uma amiga jornalista para me fazer companhia na reunião. Ela, educada e meiga, aceitou e foi de bom grado. Mas tinha um detalhe: ela odeia música sertaneja. A pobre moça, que com sua presença abrilhantou o recinto, aturou toda a cantoria sem reclamar ou pedir para sair. Uma lady.

Voltando ao trabalho, na quarta tive que saltar da cama na costumeira hora de 5h30. Sim, é nesse horário que o meu dia começa. Depois de ler Correio Braziliense, Tribuna do Brasil, Jornal de Brasília, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo, além de assistir aos telejornais Bom Dia DF e Bom Dia Brasil, ambos da Rede Globo, coloco meu terno e sigo para o trabalho. Nesse dia uma preocupação maior: os dois vídeos ainda não tinham sido escritos, sequer, no papel. Pedi socorro à lady da festa do deputado. Ao fim do dia, o roteiro estava fechado. Hora de ir para a aula mais uma vez. Corre, corre, corre...

Chega a assustadora quinta-feira. Mesma rotina matinal, mas desta vez com uma preocupação. Os vídeos ficarão prontos? Dependo do Alex Júnior, profissional competente que nos faz passar sustos sempre. Mas acaba dando certo. Assim como toda a equipe de comunicação da Vice-Governadoria do DF, ele está atolado de coisas para fazer. E sempre chegam com novas demandas para nós. “Pelo amor de Deus. Isso aqui não é máquina de moer cana. Que coloca e sai o caldo”, alguém grita. Bola pra frente.

Hoje é sexta-feira. Após sairmos do trabalho praticamente pela madrugada, retornamos antes das 9h. Os vídeos serão editados hoje. Tenho fé que teremos êxito. Sempre temos. Assim é nossa equipe, assim é parte da nossa rotina. Assim, na loucura da pós-modernidade, é minha vida.

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