quarta-feira, 3 de junho de 2009

Rio 40º, cidade maravilha

Pois bem amigos, devo mencionar aqui uma típica noite carioca que passei com o fotógrafo Gerdan Wesley em um samba chamado São Nunca, na Barra da Tijuca. Antes, porém, devo descrever os motivos que me levaram à Cidade Maravilhosa. Desta vez fui a trabalho, acompanhar o chefe em uma reunião com a escola Beija-Flor de Nilópolis – que homenageará Brasília em seus 50 anos por uma bagatela de R$ 3 milhões.

Passamos a tarde toda de sexta-feira na Cidade do Samba. Nunca fui tão bem recebido em um local. Neguinho da Beija-Flor, Selminha Sorriso (que é um espetáculo de simpatia), Laíla e toda a galera da escola. Além do presidente da Liga Independentes das Escolas de Samba do Rio (Liesa). Sambinha pra lá, sambinha pra á... maravilha. Lá pelas tantas, todos me chamavam de “secretário de Estado”... ofereciam salgadinhos, bebidas e contavam diversas piadas. Aquela irreverência carioca. Até que ao final do encontro, depois de tudo fechado, meu chefe vira pra mim e fala: “Fomos muito bem recebidos, né?” Eu disse: “Com R$ 3 milhões no bolso até a rainha da Inglaterra nos receberia assim”. É mole?

Bem, hora de receber a alforria. Despedidas feitas, peguei um táxi e segui para Botafogo. Chegando à casa do Goiaba nada de perder tempo. Tomamos uma Norteña e uma Patrícia (ambas cervejas uruguais), três Teresópolis e algumas latinhas de Skol e Brahma. Pensei: “cheguei, de fato, à casa do Goiaba”. Lá pelas 23h decidimos o que fazer. “Vamos encontrar um pessoal na Barra, em um samba chamado São Nunca”, disse o Goiaba.

Tudo bem. Uma pessoa certa vez soltou uma que guardo pra sempre: “Qualquer paixão me diverte hoje”. Adotei essa tática e fomos nós pegar um táxi rumo à Barra da Tijuca. Tem coisas que só acontecem no Rio. Já dentro de um carrinho amarelo, pegamos um engarrafamento. Do nada, o taxista vira para o Goiaba e fala: “vocês terão de descer e pegar outro táxi”. Todos nos olhamos e não compreendemos porra nenhuma. “Estou com outro compromisso”, justificou a figura. Sem pagar um centavo, descemos no meio do engarrafamento e já entramos em outro táxi, com um motorista que só falava de bordel e tava louco pra levar a gente em um nas redondezas.

Convencido de que a noite era do samba, o homem acelerou e nos deixou na Barra por volta da meia-noite. Uma fila sem noção para entrar no lugar. Sorte nossa que o Mendes já estava no meio dela. Não gosto de furar fila, mas o Goiaba e sem noção mesmo. Foi chegando como se já tivesse no local há dias e entrando. Eu fui na aba, claro.

O Goiaba me apresentou aos amigos. Estranhei, pois não havia nenhuma gata no meio. Só barbado. Mas tudo bem, o local estava cheio delas. Como eu aprendi que não posso acompanhar essa galera na bebida, fiquei na minha cerveja mesmo. Enquanto isso, os caras beberam quatro garrafas de uísque. E o Gerdan no meio, hora na cerveja, hora no uísque. Uma loucura.

Depois de uma noite toda resolvemos voltar para casa. O mais comédia foi isso. Pegamos um taxista que parecia ter saído do filme “Velozes e Furiosos”. O cara “socava” o pé sem dó. Nisso, Gerdan tira um copo da Itaipava do bolso e fala: “olha o que vai para Brasília comigo”. Fala sério. O “nego gerdas” agora tinha um copo da Itaipava e eu não. A noite terminou em um cachorro-quente em Botafogo, acho. Depois de jogar um “morte lenta” pra dentro percebi que já se aproximava das 6h. Hora de pensar na praia. Mas isso é uma outra história.

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