sexta-feira, 12 de junho de 2009

Matou barbeiro depois do corte

Pessoas, a atualização desse espaço democrático ficou comprometida nos últimos dias por dois motivos: trabalho e falta de equipamento. Sim, o trabalho mais uma vez atropelou minha vida. E meu computador teve de fazer uma visita ao corpo técnico da informática porque simplesmente parou de funcionar. Ainda não o tenho em mãos, mas consegui um tempinho para tratar de uma notícia que recebi há três dias das mãos de um amigo. Para não dizer que é mentira, transcrevo parte da reportagem publicada na Tribuna do Brasil de terça-feira (09).

“Segundo o delegado-chefe da 32ª DP, Onofre José de Morais, o primeiro crime cometido por Carlos Eduardo Ferreira dos Santgos aconteceu no dia 7 de abril de 2007, na QR 115, contra Clarismundo Pereira da Costa, 49 anos. ‘Carlos Eduardo matou o barbeiro com dois tiros nas costas. O crime teria sido motivado por um corte que o profissional fez no cabelo de Carlos, do qual ele não gostou´, contou o delegado”.

Bem, vou tecer apenas dois comentários. Que tipo de “profissional” faz um corte tão ruim ao ponto de despertar a ira em uma pessoa? Não vejo profissionalismo nisso. O segundo é que esse Carlos Eduardo é cabra popeiro. Imagina se todo mundo resolve matar o barbeiro porque não gostou do corte no cabelo. Seria uma profissão extinta.

Bem, voltando ao texto inicial, ultimamente tenho arrumado tempo para fazer uma atividade física. Uma corridinha aqui, uma patinada ali... Enfim, parece que a vida vai tomar outro rumo de agora em diante. Bom para mim, bom para o resto do mundo. Enquanto não pego meu computador de volta, deixo pequenos relatos do que está ocorrendo.

Sem mais para o momento.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Isto é Brasília

PONTE JK
Foto: Antonio Cunha
A Ponte JK é o mais novo cartão postal de Brasília. Foi inaugurada em 15 de dezembro de 2002 e liga o Plano Piloto à Região Administrativa do Lago Sul. Tem um comprimento de travessia total de 1.200 metros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três faixas de rolamento, duas passarelas nas laterais para uso de ciclistas e pedestres com 1,5 metros de largura e comprimento total dos vãos de 720 metros.

Durante sua construção, que consumiu algo em torno de R$ 160 milhões, o governo foi duramente criticado pela imprensa. Questionado sobre o aumento do custo, estimado incialmente em R$ 40 milhões, o então governador do DF, Joaquim Roriz, respondia: "Meu filho, eu não estou fazendo uma ponte, mas sim um monumento". E o povo vai levando.

EXTRA: Rotina maldita pega jornalista

Papai sempre ensinou que trabalho é uma dádiva de Deus. Concordo com Dom Lázaro, mas tenho minhas ressalvas. Trabalhar é bom. Trabalhar demais, muito e loucamente é prejudicial à saúde. Dei-me conta nos últimos dias que minha vida se resume a trabalho e estudo. Não que isso seja ruim, mas é que tudo gira em torno dessas duas variáveis.

Exemplos. Depois de um fim de semana no Rio, cidade em que estive a trabalho e aproveitei para fazer uma graça, voltei a mil. Na segunda-feira foram mais de 12 horas de ralação antes de encarar outras 3 horas de aula na UnB. E uma nova preocupação: produzir dois vídeos institucionais para sábado. No jornalismo, infelizmente, isso é algo rotineiro.

Já na terça, um momento de alívio após outras 12 horas de tronco. Uma festa na casa do deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT), que comemorava aniversário e serviu um jantar à moda mato-grossense, com direito a duplas sertanejas cantando ao vivo.

O nobre deputado faz especialização em Ciência Política comigo. Aí estavam por lá professores, alunos e colegas parlamentares. Uma confraternização animada. Animada para quem? Eu convidei uma amiga jornalista para me fazer companhia na reunião. Ela, educada e meiga, aceitou e foi de bom grado. Mas tinha um detalhe: ela odeia música sertaneja. A pobre moça, que com sua presença abrilhantou o recinto, aturou toda a cantoria sem reclamar ou pedir para sair. Uma lady.

Voltando ao trabalho, na quarta tive que saltar da cama na costumeira hora de 5h30. Sim, é nesse horário que o meu dia começa. Depois de ler Correio Braziliense, Tribuna do Brasil, Jornal de Brasília, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo, além de assistir aos telejornais Bom Dia DF e Bom Dia Brasil, ambos da Rede Globo, coloco meu terno e sigo para o trabalho. Nesse dia uma preocupação maior: os dois vídeos ainda não tinham sido escritos, sequer, no papel. Pedi socorro à lady da festa do deputado. Ao fim do dia, o roteiro estava fechado. Hora de ir para a aula mais uma vez. Corre, corre, corre...

Chega a assustadora quinta-feira. Mesma rotina matinal, mas desta vez com uma preocupação. Os vídeos ficarão prontos? Dependo do Alex Júnior, profissional competente que nos faz passar sustos sempre. Mas acaba dando certo. Assim como toda a equipe de comunicação da Vice-Governadoria do DF, ele está atolado de coisas para fazer. E sempre chegam com novas demandas para nós. “Pelo amor de Deus. Isso aqui não é máquina de moer cana. Que coloca e sai o caldo”, alguém grita. Bola pra frente.

Hoje é sexta-feira. Após sairmos do trabalho praticamente pela madrugada, retornamos antes das 9h. Os vídeos serão editados hoje. Tenho fé que teremos êxito. Sempre temos. Assim é nossa equipe, assim é parte da nossa rotina. Assim, na loucura da pós-modernidade, é minha vida.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

São Pedro brasiliense no Rio

Já estou me convencendo de que tenho laços estreitos com São Pedro. Mas ele deve me compreender de forma equivocada, ou simplesmente faz de sacanagem. No post anterior mencionei que iríamos para Ipanema no sábado pós-Barra. Fomos sim para Ipanema, mas praia que é bom nada. Tempo fechado com pequenas rajadas de luz solar e vento contínuo que beirava os 60 km. Eis aí a visão do que poderia ser um dia de praia.

Na verdade já esperava por tal situação. Minha viagem ao Rio estava marcada, independente de trabalho. A ida pelo trampo só melhorou minha situação financeira. Mas na segunda-feira antes do fim de semana na Cidade Maravilhosa, a menina do tempo já avisava: “uma frente fria se aproxima do Sudeste e deve provocar chuvas nos próximos dias”. Dito e feito.

Na sexta-feira, quando desembarquei no Santos Dumont, o tenente Diogo foi enfático: “Suas bichas, vocês trouxeram a merda da chuva para cá. Ontem fez um calor do inferno”. E de fato foi isso mesmo. Todas as vezes que fui ao Rio de Janeiro choveu. Incrível, mas é verdade. Já fui em janeiro, fevereiro, julho, setembro, novembro... não adianta. Sempre que penso em visitar o Rio, São Pedro se adianta e manda uma frente fria para me receber.

Mesmo assim, como bons brasilienses que somos, Gerdas e eu resolvemos arrastar o Goiaba para Ipanema. Ele foi por causa da cerveja, claro. Carioca que é carioca só vai à praia com céu de brigadeiro: todo azul, sem nenhuma nuvem. Dessa vez ele teve de ir. Mas o Rio é sempre Rio. Mesmo com o tempo fechado pude constatar algumas cenas inusitadas que relato a seguir:

1) O governo carioca tirou o quiosque da amiga do Goiaba de lá. Era irregular.
2) Uma linda mulher teve coragem de ficar deitada de biquíni tomando vento no lombo.
3) A saída da amiga do Goiaba significava cerveja mais cara para meu bolso.
4) O mar, ressacado, exibia ondas de mais de 2 metros de altura.
5) E o governo ainda tirou os outros quiosques, uma merda. Cerveja agora, só a R$ 3,50.
6) Um vendedor de “Globo” – biscoito que só carioca come – passou e puxou papo com a gente.
7) Duas cariocas maravilhosas passaram correndo de tênis quase dentro do mar – vai entender.
8) O vendedor era vascaíno, mas se vangloriava com a atuação do Grêmio na Copa Libertadores. Vasco na Série B dá nisso.
9) O mar estava para surfista, mas por incrível que pareça, eles ocupavam apenas uma pequena parte da praia. Em dias de sol, esses vagabundos travam uma luta com a gente pela praia toda.
10) Agora existe um banheiro na orla de Ipanema que pagando R$ 1 você pode usar. Só em Copacabana existe essa coisa moderna.

Cenas de um dia tipicamente abençoado por São Pedro e, claro, por são Ederson. O dia passou e eu estava morto. No fim do dia tinha jogo do Botafogo no Engenhão. O Sport Recife seria a vítima da rodada. Animado, almoçamos e tentei ir, mas a fadiga bateu. Voltei para casa e fiquei na internet batendo papo com amigos, em especial uma menina que sempre me faz sorrir. Pela TV, vi um empate sofrido por 2 a 2, com o Fogão perdendo por 2 tentos de diferença e buscando o igualdade no suor. Puto da vida, resolvi comer algo e ir dormir e orar a São Pedro para que colaborasse pelo menos no domingo. Oração rejeitada friamente pelo primeiro papa. No mais, Fogão ganha uma porra!!!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Rio 40º, cidade maravilha

Pois bem amigos, devo mencionar aqui uma típica noite carioca que passei com o fotógrafo Gerdan Wesley em um samba chamado São Nunca, na Barra da Tijuca. Antes, porém, devo descrever os motivos que me levaram à Cidade Maravilhosa. Desta vez fui a trabalho, acompanhar o chefe em uma reunião com a escola Beija-Flor de Nilópolis – que homenageará Brasília em seus 50 anos por uma bagatela de R$ 3 milhões.

Passamos a tarde toda de sexta-feira na Cidade do Samba. Nunca fui tão bem recebido em um local. Neguinho da Beija-Flor, Selminha Sorriso (que é um espetáculo de simpatia), Laíla e toda a galera da escola. Além do presidente da Liga Independentes das Escolas de Samba do Rio (Liesa). Sambinha pra lá, sambinha pra á... maravilha. Lá pelas tantas, todos me chamavam de “secretário de Estado”... ofereciam salgadinhos, bebidas e contavam diversas piadas. Aquela irreverência carioca. Até que ao final do encontro, depois de tudo fechado, meu chefe vira pra mim e fala: “Fomos muito bem recebidos, né?” Eu disse: “Com R$ 3 milhões no bolso até a rainha da Inglaterra nos receberia assim”. É mole?

Bem, hora de receber a alforria. Despedidas feitas, peguei um táxi e segui para Botafogo. Chegando à casa do Goiaba nada de perder tempo. Tomamos uma Norteña e uma Patrícia (ambas cervejas uruguais), três Teresópolis e algumas latinhas de Skol e Brahma. Pensei: “cheguei, de fato, à casa do Goiaba”. Lá pelas 23h decidimos o que fazer. “Vamos encontrar um pessoal na Barra, em um samba chamado São Nunca”, disse o Goiaba.

Tudo bem. Uma pessoa certa vez soltou uma que guardo pra sempre: “Qualquer paixão me diverte hoje”. Adotei essa tática e fomos nós pegar um táxi rumo à Barra da Tijuca. Tem coisas que só acontecem no Rio. Já dentro de um carrinho amarelo, pegamos um engarrafamento. Do nada, o taxista vira para o Goiaba e fala: “vocês terão de descer e pegar outro táxi”. Todos nos olhamos e não compreendemos porra nenhuma. “Estou com outro compromisso”, justificou a figura. Sem pagar um centavo, descemos no meio do engarrafamento e já entramos em outro táxi, com um motorista que só falava de bordel e tava louco pra levar a gente em um nas redondezas.

Convencido de que a noite era do samba, o homem acelerou e nos deixou na Barra por volta da meia-noite. Uma fila sem noção para entrar no lugar. Sorte nossa que o Mendes já estava no meio dela. Não gosto de furar fila, mas o Goiaba e sem noção mesmo. Foi chegando como se já tivesse no local há dias e entrando. Eu fui na aba, claro.

O Goiaba me apresentou aos amigos. Estranhei, pois não havia nenhuma gata no meio. Só barbado. Mas tudo bem, o local estava cheio delas. Como eu aprendi que não posso acompanhar essa galera na bebida, fiquei na minha cerveja mesmo. Enquanto isso, os caras beberam quatro garrafas de uísque. E o Gerdan no meio, hora na cerveja, hora no uísque. Uma loucura.

Depois de uma noite toda resolvemos voltar para casa. O mais comédia foi isso. Pegamos um taxista que parecia ter saído do filme “Velozes e Furiosos”. O cara “socava” o pé sem dó. Nisso, Gerdan tira um copo da Itaipava do bolso e fala: “olha o que vai para Brasília comigo”. Fala sério. O “nego gerdas” agora tinha um copo da Itaipava e eu não. A noite terminou em um cachorro-quente em Botafogo, acho. Depois de jogar um “morte lenta” pra dentro percebi que já se aproximava das 6h. Hora de pensar na praia. Mas isso é uma outra história.

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...