quinta-feira, 15 de maio de 2008

Spam, maldito spam

O problema de ser jornalista é a vasta lista de e-mails que seu e-mail freqüenta. E você recebe milhares de mensagens de ajuda aos meninos da África, clamando por orações para quem te enviou a mensagem, pedindo dinheiro para salvar o menino que nasceu sem cérebro em algum lugar do mundo e, claro, aqueles que esculhambam a opção sexual do Ronaldo Gorduxo.

Além dessa baboseira toda, que você simplesmente não consegue filtrar, ainda tem os chatos, repugnantes e horrendos spam. Nesse exato momento, tenho 147 spam na minha caixa de e-mail do gmail e outros 100 no hotmail. É inacreditável como seu endereço circula pela web sem que você tenha idéia. O que mais impressiona é que a esmagadora maioria é de endereços estrangeiros, de sites que nunca entrei e jamais tinha conhecimento do endereço.

Onde eles capturam nossos e-mails? Fácil. Você tem Orkut, MSN, Google Talk ou qualquer outra coisa parecida? Pois bem, eis aí as tetas distribuidoras do meu, do seu, dos nossos e-mails. Um amigo meu que trabalha com internet há mais de 15 anos tem uma teoria que, definitivamente, começo a acreditar. Segundo Renato Medeiros, a empresa Google é coisa da CIA – a agência de inteligência dos EUA.

Como armazenar tantos dados em um universo on-line? Para que armazenar esses dados? Um novo programa da empresa deve estar disponível em breve. Ele, segundo revistas especializadas, vai oferecer uma memória virtual para que o usuário não tenha que usar o disco rígido do seu computador. Em outras palavras, você poderá armazenar tudo o que hoje fica em seu computador na internet. E que segurança você terá disso? Não sei.

O Orkut, site de relacionamento da Google, é divertido. Tirando as vezes que ele estraga casamentos, noivados e namoros por causa de ciúme doentio do ser humano, é divertido. Mas praticamente tudo o que circula nele é público. Hoje, o público no mundo virtual se confunde com o privado. Nesse blog mesmo posto algumas coisas pessoais que desejo torná-las públicas. Mas em muitos casos isso não é respeitado. A invasão de privacidade, infelizmente, é algo rotineiro na internet.

Quem acha que não tem sua privacidade invadida diga-me, por favor, que nunca recebeu um spam. Claro. O spam é a forma mais clara de se perceber que na rede a privacidade é algo frágil. Se hoje tenho mais de 200 e-mails de pessoas ou empresas que nunca conheci, quer dizer que alguém pegou meus dados em algum lugar sem que eu autorizasse. O spam, meus amigos, é a coisa mais chata e curiosa da web. Pode-se dizer, por exemplo, que funciona como um ser que quer a qualquer custo ser notado nessa imensidão chamada internet.

Nenhum comentário:

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...