segunda-feira, 26 de maio de 2008

Números. Como odiá-los?

Os dias passam ligeiros. No momento em que escrevo tal crônica contabilizo 10.370 dias de vida. Ou 248.880 horas, ou ainda 14.932.800 minutos. Mais precisamente 895.968.000 segundos de “inspira e respira”. Sem falar que o número só aumenta a cada toque no teclado do meu notebook. Números curiosos, diga-se de passagem.

Como jornalista que sou, adoro números. O número deixa sua matéria redonda, ajuda na compreensão do leitor – quando bem usado –, desperta curiosidade e, acima de tudo, são exatos. Porque os números são das ciências exatas. Para quem nunca percebeu, o que gera impacto são as comparações simples feitas no dia-a-dia. Em um incêndio, por exemplo, os bombeiros dizem na maior frieza: “o fogo consumiu 450 hectares”. O que isso significa?

Pois bem, aí é que entra a graça, a mágica e a malícia que só o repórter tem. Falar para a Dona Maria, que está cozinhando em sua casa, que o fogo queimou 450 hectares é complicado. Muitas vezes as pessoas não têm idéia do que se trata. E os números, ahhh os números. Vamos a eles.

Um hectar é igual a 10.000 metros quadrados e equivale a mais um menos um campo de futebol oficial. Se foram queimados 450 hectares, podemos concluir que foram destruídos algo próximo de 450 campos de futebol por um único incêndio. Interessante, não?

Recentemente, convencemos papai de fazer um campinho de futebol na chácara. A medida proposta e aceita – incluindo campo e área de escape – está em 25 X 35. A área total gramada é de 875 metros quadrados. A área do campo é de 600 metros quadrados e equivale a um campo society.

Os números convivem conosco a cada segundo. Sem eles, não poderíamos ter noção de moeda, medidas, espaço e tempo. Não adianta lutar contra eles. É claro que algumas pessoas têm mais facilidade em lidar com números, sejam eles romanos ou arábicos. O que importa é dominá-los.

A origem da vida é medida em bilhares de séculos. Nem cientistas sabem calcular ao certo em quanto tempo o universo teve início. Esses grandes dilemas serão, um dia, decifrados pelos números. Por ora, temos de aprender a lidar com eles na simplicidade do cotidiano. Um dia após o outro, uma pedra depois outra, um algarismo seguido do outro... aonde vamos parar com tudo isso?

Enquanto não decifro sequer o que está ao meu redor, sei que envelheci 15 minutos, mais exatamente 900 segundos fazendo esse texto. Aos que perderam uns 180 segundos lendo essa maravilha, parabéns. Agora, estamos pensando por alguns segundos na mesma coisa: números.

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