terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Ela chegou e o ciúme reinou

A cena tornou-se rotineira nos últimos dias. Chego, abro a porta e dois ‘serumaninhos’ aparecem quase que sorridentes a me receber. Zizou sempre fez isso. A novidade, no entanto, é Amélie. Amélie é outro Jack Russel Terrier que adotei para fazer companhia ao “ziza”. Deu muito certo. O maior problema nisso tudo, acreditem, sou eu. Explico.



Sempre ouvi dizer que Zizou e Calvin sentem ciúmes de mim. Nunca levei muito a sério, pois é um sentimento muito humano. Mas está constatado o quanto Zizou se sente meu dono. Isso mesmo que vocês leram. Ele tem um sentimento de posse sobre minha pessoa. Bizarro! Talvez pelo jeito demasiadamente carinhoso que sempre o tratei. E, agora, ele precisa dividir minha atenção diariamente com Amélie.

É notória a diferença de postura adotada quando estou dando atenção a eles e quando estou fazendo outras coisas. Na primeira opção, de atenção a eles, Zizou não perde tempo em tentar expulsar Amélie de perto. Rosna, late e parte para o ataque. Amélie, que não é boba, revida. No entanto, ela sabe que ele é muito maior e que, portanto, o recuo é inevitável. Por outro lado, quando não estou dando atenção, Zizou corre para brincar com ela. Inacreditável.

A psicologia canina, se é que isso existe, deve explicar um pouco esse comportamento. Como um cão pode se achar detentor da posse de um humano? Acho que na cabeça do Zizou é exatamente isso que ocorre: “É meu e ninguém tasca”. Sinto dizer, Zizou, mas não é assim que a banda toca. Aliás, camarada, se você entendesse um pouco da música que está tocando, tiraria melhor proveito da situação. Aproveite Amélie. Ela será sua companheira por muitos anos. E se voltar a bater nela, chamo a polícia e você vai ser enquadrado na Lei Maria da Penha. Se liga, rapá.


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