Como botafoguense que sou, admiro a mulher que Elza Soares foi para o maior ídolo do Botafogo, Mané Garrincha. O filme “A Estrela Solitária” retrata bem o papel fundamental que a cantora desempenhou na vida do craque. Hoje, tive a hora de conhecer pessoalmente esta artista tão especial do Brasil. Como descrever este recorte da minha vida? Tentarei fazê-lo fiel ao que realmente foi.
Pela
manhã recebi uma ligação da deputada com quem trabalho. Pediu para eu ir ao
gabinete de outra parlamentar para “monitorar” o encontro. Fui e quando cheguei
percebi de quem se tratava. Um sorriso cativante foi dado no primeiro olhar. Com
óculos escuro, não consegui perceber os olhos tão marcantes de Elza. Fiquei de
frente a ela, que conversava com a parlamentar.
As
histórias, como não poderia deixar de ser, tratavam de Mané Garrincha. E com muito carinho, Elza relembrava fatos
marcantes dos 17 anos de convívio com o Anjo das Pernas Tortas. “Imaginem,
talvez eu tenha sido a única mulher do mundo a ser presenteada com uma Copa do
Mundo. O Mané me deu a Copa de 62”, lembrou Elza, sorrindo.
Depois
gravou um vídeo pedindo aos deputados para derrubarem o veto ao projeto de lei que garante o nome Mané Garrincha ao estádio de Brasília. Para a Copa de 2014, está sendo erguido um
grande e moderno estádio e o GDF não quer dar o nome de Mané Garrincha a ele.
Elza foi firme: “É um verdadeiro absurdo alguém querer retirar à
força uma homenagem a quem realmente ergueu o nome do Brasil e fez com que o
nosso povo tivesse orgulho de sua pátria”.
Concordo
com ela. Para que deixar de homenagear um dos maiores jogadores da história do
futebol? Escutei outros tantos episódios. Ao falar com um deputado ao telefone,
Elza perguntou se ele sabia o que era Garrincha. Explicou sobre o pássaro
arisco que deu o apelido a Garrincha. “Deixe esse passarinho viver”, clamou.
Não
resisti tanta simpatia e pedi para registrar o momento. Antes de me
posicionar ao lado de sua cadeira (Elza tem 75 anos e algumas limitações
físicas), falei: “Sou botafoguense e não poderia deixar de levar essa grande
lembrança comigo”. Ela, com muito carinho e sorrindo me respondeu: “Vou ter que
te decepcionar. Apesar de ter sido mulher do Garrincha, sou flamenguista”. Não
me incomodei e brinquei: “Talvez por esse amor ele tenha vestido aquela camisa
(Flamengo) uma vez. Compreensível”. Sorrimos e nos despedimos.
Foi um dia especial e que mereceu uma citação neste humilde espaço. Garrincha, com suas pernas tortas, driblou seus adversários dentro de campo pelo mundo afora. Agora, precisa de nossa força para que a homenagem a ele seja mantida. Eu continuarei na luta para que o nome de Mané Garrincha não seja esquecido. “Tem que continuar Estádio Mané Garrincha... Tem que continuar Estádio Mané Garrincha”, cantou Elza Soares no último show em Brasília.
Foi um dia especial e que mereceu uma citação neste humilde espaço. Garrincha, com suas pernas tortas, driblou seus adversários dentro de campo pelo mundo afora. Agora, precisa de nossa força para que a homenagem a ele seja mantida. Eu continuarei na luta para que o nome de Mané Garrincha não seja esquecido. “Tem que continuar Estádio Mané Garrincha... Tem que continuar Estádio Mané Garrincha”, cantou Elza Soares no último show em Brasília.
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