Dias nebulosos à frente

Em tempos de crise no Senado e na Câmara eu confesso que gostaria de tirar férias. Não. Não é porque estou envolvido em um desses furacões que a imprensa gosta de noticiar, mas sim porque estou exausto de tanta coisa. Nem uma folga camuflada de uma semana foi capaz de me fazer relaxar. Tudo bem que evitei muita coisa como, por exemplo, tocar minha monografia de especialização em Ciência Política. Um erro grave.

Fato é que o tesão para escrever sobre choque de gestão não está enraizado no meu ser nesse momento. Gosto do tema, do recorte e, principalmente, das leituras que tal empreitada me proporcionará. Mas não estou querendo nada nesse momento. Fico pensando em uma boa partida de futebol, uma manhã de exercícios no Parque da Cidade, numa possível viagem. Enfim... penso em tudo. Menos na monografia.

O curso deveria simplesmente liberar essa carga de nós. Acredito que pelo menos 50% da minha turma ainda não conseguiram engatar nesse negócio. Requer tempo e tempo, no mundo jornalístico, é algo relativo. Às vezes você o tem, por um curto período. Quase sempre você pede para o dia ter 34 horas. Sim, seria perfeito se o dia fosse maior. Daria tempo de fazer tudo e mais um pouco. Mas infelizmente só tenho as quase 24 horas por dia. Sim, porque o dia tem 23 horas e 57 minutos. Por isso existe o chamado ano bissexto, com 366 dias. Justamente para compensar esses três minutos diários que faltam para completar um dia de 24 horas.

Enfim, meus amigos, posso considerar que os próximos dias serão de muito trabalho e muito estudo. Tenho até o dia 25 para entregar uma monografia de 80 páginas e nesse exato momento não tenho nem a primeira. Bola pra frente e boa noite de sono para quem as terá. Eu, se não me esforçar ao máximo para dormir menos, terei de amargar uma derrota que não espero em minha vida.

Torçam por mim...