quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Imagem - Sinais de abandono em BSB

A gente percebe que a cidade está meio largada quando se depara com situações como a que flagrei no fim da tarde de quarta-feira (29/09). Brasília, você não merece tanto abandono por parte dos governantes. Dias melhores virão.




Semáforo na saída do Sudoeste para o Eixo Monumental

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Brasília sem horizonte

Há três dias nós, moradores de Brasília, perdemos o nosso lindo horizonte. Não é exagero. A fumaça das centenas de incêndios que castigaram o cerrado nestes quatro meses de seca, somada à poeira das obras inacabadas da nossa cidade, cobriu os nossos pontos cardeais. Norte, sul, leste, oeste e todos os derivados dessa combinação de direções desapareceram.

Estive ontem na Praça do Cruzeiro, onde foi celebrada a primeira missa no quadrilátero que receberia a nova capital. O local é o mais alto ponto do Distrito Federal e fica perto do Memorial JK. De lá, um breve giro de 360º permite a contemplação de todo o horizonte da nossa bela terra. Mas nos últimos três dias isso foi impossível. O cenário é, no mínimo, lamentável. Para deixar registrado esse momento ímpar, pois nos 29 anos que moro em Brasília nunca vi algo igual, resolvi escrever algo diferente. Não sou bom nisso, mas segue aí para meus sete leitores.

Cadê meu horizonte

A alvorada despertou meus filhos
do Planalto Central, mostrei meu horizonte
Anos após anos fui digna de imagens e momentos
nunca imaginei ser pega assim, de surpresa

Um perguntou: o que ocorre?
o outro foi direto: que dia feio
Sofri com a fumaça e a poeira
perdi o horizonte da Praça do Cruzeiro

Mas, como sempre, vou sobreviver
a água limpará o céu e mostrará seu esplendor
A meus filhos peço paciência
tenho algo guardado com muito amor

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Para onde caminha a cidadania?

Amigos, em primeiro lugar quero dizer que ganhei dois leitores nas últimas semanas. Um deles mora em São Paulo e nos conhecemos há anos. Adriano de Paula, membro da Opus Dei e praticamente um irmão para mim. A outra leitora é Dayse Senna, pessoa que integra a competente equipe da Agência Xeque-Mate Comunicação. Obrigado pela leitura e agora, com vocês, já contabilizo sete leitores.

Esta semana foi comemorada a Independência do Brasil. Todo 7 de Setembro temos desfiles pelo país, shows aéreos e tantas outras atrações. Em Brasília, é presença certa do presidente da República na Esplanada dos Ministérios. Também é certo que a seca no Planalto Central castiga os patriotas que vão até o local para ver o desfile cívico, que muito me agrada. Este ano não teve o famoso banho coletivo, promovido por caminhões-pipa que molham a multidão.

Mas na segunda-feira, antes da data comemorativa, um comentário do meu professor de espanhol me chamou atenção. Ele sabia que era feriado, mas não sabia que era o Dia da Independência. Ele é argentino. Mas não o culpo por não saber da data. Afinal, qual brasileiro sabe a data da independência dos ‘hermanos’? Mas o que ele disse que me assustou. Leiam a seguir:

- Ah! Então é Dia da Independência. Sabia que duas secretárias brasileiras não souberam me dizer isso na sexta-feira? Agora sei, porque você é periodista (jornalista) e me falou. Muitas pessoas comuns não sabem disso.

É triste, mas tenho que admitir que ele tem razão. Quando estudava ainda no antigo Primeiro Grau, toda segunda-feira cantávamos o Hino Nacional na escola antes do início das aulas. Hoje, meus sobrinhos não sabem o hino do seu próprio país. Além disso, tínhamos uma matéria chamada Educação Moral e Cívica. Nela, aprendíamos sobre datas importantes como a do 7 de Setembro, 15 de Novembro e outras tantas. Agora, não sei ao certo o que ensinam nas salas de aula.

O que me espanta é ver que o brasileiro e, as crianças em especial, cada dia mais ligam patriotismo ao futebol. Há dois meses, muitas estavam vestidas de verde-amarelo, carregando bandeiras, soprando cornetas e gritando “Brasil, Brasil, Brasil”. Não quero ver cidadãos alienados na pátria, mas saber o que ocorre em seu próprio território e a história de seu país é uma forma de manter viva a chama do amor, do respeito e da dedicação para melhorar a nação.

Espero que isso mude um dia. Espero que a educação evolua e que o Brasil deixe de apresentar dados como o da última pesquisa de domicílio do IBGE, que mostra um leve aumento da taxa de analfabetismo nesse gigante adormecido.

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...