sexta-feira, 1 de junho de 2018

Curitiba, seja gentil e surpreendente

Não é fácil ou simples deixar o conforto de lado e se aventurar em águas desconhecidas. O novo assusta, causa estranheza e te faz ter novas sensações e sentimentos. Há cinco dias, desembarquei em Curitiba para uma temporada. O frio do clima me recepcionou, mas a famosa frieza do paranaense foi o que mais me causou arrepios.

Com muito orgulho, posso dizer que conheço um pouco desse Brasil. Curitiba é a 21ª capital em que coloco meus pés. Na bagagem, a vontade de desenvolver um bom trabalho e de abrir o leque de possibilidades. E, por isso, a importância de se correr com novas amizades. Nesse quesito, busquei logo a comunidade que tem a mesma vibe que eu: crossfiters.

Já na segunda, fui ao Kahu Crossfit para uma aula experimental. Espaço bacana, aparelhos bacanas, motivação mil... Resultado: uma hora de treino ouvindo apenas a voz do coach. "Como assim? Aqui ninguém conversa, reclama das dores, xinga pelo cansaço..." Foi aí que me toquei da tal frieza do paranaense. Não é exagero. Eles mesmos reconhecem isso. Cheguei a entrar em outro box, mas pela logística do trabalho, me matriculei no Kahu. Foi uma decisão acertada. Explico.

Na terça-feira, retomei o treino às 7h - mesmo horário em que fazia no meu querido Vessel Crossfit, em Brasília. A turma desse horário no Kahu tem muitos iniciantes e, assim, tive mais espaço para conversas e brincadeiras. As amizades, então, começaram a fluir. Flávia, Maria Fernanda, Diego e o Felipe, que já até morou em Brasília. Questionei sobre essa frieza toda e eles riram. Disseram: "Não é porque somos metidos. A gente simplesmente é assim. Você vai entender com o tempo". Eu, dado como sou e cheio de conversas, disse: AMÉM.

Na quarta-feira, já estava no grupo do zapzap da galera. Ainda como um estranho no ninho, mas tentando notar as particularidades de todos, fui seguindo. Pela noite, me chamaram para um barzinho famoso pela pizza e chopp gelado. Como tudo aqui fica perto da minha casa, fui caminhando e voltei de Uber pela segurança. Noite agradável e de amizades consolidadas.

No feriado, o treino me surpreendeu. Marcado para 10h30, às 10h25 éramos apenas o coach, a Quinha e eu. Do nada, como se fossem uma bateria de escola de samba executando o recuo, chegam umas 15 pessoas e a coisa rendeu. Nesse treino específico, vi que o paranaense não é tão frio assim e que a estada aqui será muito agradável e promissora.


São apenas cinco dias de uma nova jornada. Ainda vou percorrer essa terra ao lado do Juvino por algum tempo. Espero que a acolhida que tive no Kahu se repita em outros lugares. Como diria um amigo: "Deus no comando e coragem na cara. O resto acontece".

Um comentário:

LEONARDO MILHOMEM REZENDE disse...

Boa sorte na nova empreitada ! Esperamos você de volta !

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