segunda-feira, 4 de junho de 2018

Descamisado: Tem coisas que só acontecem...


Os dias vão passando e as crônicas vão saltando. Poderia escrever sobre várias coisas que ocorreram no fim de semana frio de Curitiba. Do tal do Murph (tô com o corpo doendo até agora, dois dias depois) até a visita rápida da Soraya Lacerda. Mas é melhor eu contar algo inusitado aos meus seis leitores. Sou botafoguense e disso todos vocês já sabem. Conhecem aquela frase? Tem coisas que só acontecem com o Botafogo! Pois bem, ela poderia ser facilmente adaptada a mim.

Era domingo. Me programei para lavar a roupa na lavanderia comum do condomínio que estou morando. Por volta das 14h, subi ao terraço e percebi que não tinha ninguém na frente da danada. Olhei para um lado e depois para o outro, só para ter certeza. Desci correndo e peguei minhas roupas. Subi com sabão em pó e com o amaciante assobiando uma música do Manu Chao. Tudo no esquema!

Abri a boca da bicha e coloquei tudo lá dentro: camisa, short, bermuda, cuecas, meias... Estava salvando minha semana no trabalho e no Kahu Crossfit, afinal precisava de roupas limpas para a semana. Fiz tudo como manda o manual de uso daquela belezura que lava até 10kg. Coisa linda de Deus. Era esperar por volta de duas horas e subir novamente para recolher as cheirosinhas. Pois bem, lá pelas 15h25 meu interfone tocou. Era a síndica:

- Senhor, vi pelas câmeras de segurança que o senhor colocou roupas para lavar, né?

- Sim, coloquei e já estou subindo para retirá-las.

Aí que o bicho pegou. A síndica disse, com voz tensa:

- É que tivemos um probleminha aqui e preciso da sua presença agora.

- Fodeu! Pensei logo. Eu fiz tudo certo. O que poderia dar errado? Subi pelas escadas mesmo. Do primeiro para o sexto andar. Cheguei e encontro uma mulher bufando e com os olhos vermelhos. Até eu ficaria. Um frio danado e tenho de sair de casa para resolver problema de máquina de lavar?

O problema foi o seguinte. O tambor daquela beleza cedeu. A máquina parou e travou a porta. Tentei abrir de qualquer forma, em vão. Só pensava: Que bosta. Com que roupa vou treinar e trabalhar? A síndica informou que o técnico só poderia ir arrumar na terça-feira e que, até lá, minhas roupas ficariam presas na máquina. Desci desolado, desconfiado e só pensando como seria.

Abri o guarda-roupas para ver o estrago. Restaram três cuecas, uma calça jeans, duas camisas sociais e três camisetas, além de duas bermudas de surfista. Ah, o terno ainda estava lá, mas hoje mesmo o levei para a lavanderia. Sábado preciso estar no Rio de Janeiro para um casamento. Espero que até lá eu consiga ter ao menos uma cueca limpa.

Tem coisas que só acontecem com o Botafogo... E comigo!

6 comentários:

Unknown disse...

Hahaha que vida. O CrossFit você treina sem camisa mesmo. Tem problema ser bermuda de surfista não...

Infinitamente EU disse...

Estou morrendo de rir!!! Arrumou seu sétimo leitor!!!

Infinitamente EU disse...

Sou eu, Fabrício

Ederson Marques disse...

Valeu, meus amigos. Adriano, quero 30% de desconto por treinar sem camisa. Fabrício, sétimo leitor? Isso muito me interessa kkkkk

Unknown disse...

Kkkkkkkkkkk rindo muito !! Que comédia, escreva mais das suas aventuras!!

Unknown disse...

Meu caro, uma bela crônica, diria magnifica... Aos moldes do Érico Veríssimo, parabéns, é disso que estou falando, viver e registrar as melhores cenas da vida...

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