segunda-feira, 27 de março de 2017

Tem como aumentar para 36 horas?


Impressiona o passar dos dias. Talvez pelas obrigações diárias e cobranças eternas de tudo e todos, já não consigo mencionar o tempo como algo que passa devagar, sem pressa. Para falar a verdade, sinto necessidade de mais tempo a todo instante. Quem dera os dias passassem a ter 36 horas e não mais as 24 horas. São muitos afazeres inadiáveis, além dos momentos que precisamos arrumar para lazer, visitar amigos, família e cuidar da casa.

Minha casa, inclusive, tem sido um lugar aonde só vou para dormir. Esta semana retomei o almoço em casa. Custe o que custar, vou fazer meu almoço e ficar com meus dois cachorrinhos por pelo menos uma hora. Hoje deu muito certo. Claro que a correria foi inevitável. Isso porque, antes de mais nada, tive de comprar frutas, legumes e hortaliças. Cheguei a minha casa e coloquei roupa para lavar enquanto lavava os alimentos.

O tempo, de Salvador Dalí

Aproveitei o meio tempo para descer com Zizou e Amélie. No retorno, a batata já estava quase cozida e era hora de secar a alface. Em seguida, temperei o peito de frango e cortei tomates e cebola. Arrumei a rúcula e preparei o prato das hortaliças. Ficou até bonito. Com a batata cozida, passei o peito frango e arrumei tudo no prato. Não fiz foto, mas confesso que tive orgulho. Retomar a alimentação em casa é qualidade de vida.


Almocei com prazer, escutando notícias sobre a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, e outros temas. Logo, escutei o barulho da máquina encerrando as atividades. Hora de colocar a roupa para secar. Uma hora e meia de almoço e uma vida resolvida. Acho que o tempo bem aproveitado torna-se leve e prazeroso. Hora de voltar ao trabalho. A noite ainda tem a corrida diária para fazer, roupa para passar, dever de casa das aulas de francês e descida com os cachorros. É... a ideia das 36 horas diárias me cairia bem nesta etapa da vida.

terça-feira, 21 de março de 2017

Tome o controle da situação. Isso vale ouro

Odeio quando as coisas saem do meu controle. Odeio ficar a reboque de decisões de terceiros. De pessoas que nem sempre pensam no outro. Assim como eu, acredito que boa parte da população mundial pensa assim. No entanto, é preciso tentar compreender todo o processo, aceitá-lo. Nem sempre depende de nós, da nossa querência... E a vida é assim. Não adianta reclamar ou resmungar pelos cantos. Muitas vezes, viramos apenas passageiros de situações. Simples assim.

Recentemente, tenho passado por boas provações nesse sentido. No trabalho, na família, nos relacionamentos que escolhemos viver... Sempre há situações que incomodam. Tenho trabalhado isso da seguinte forma:

Situação X. Consigo resolver?
Sim, então não vou me preocupar e apenas trabalhar para resolver.
Não, então não vou me preocupar, uma vez que não tenho como resolver mesmo.

Nem sempre é fácil, pois o incômodo crescente gera ansiedade e estresse. Por outro lado, contar até dez é sempre um grande passo. A terapia tem me ajudado muito. Estar com um profissional alheio ao seu cotidiano te faz pensar em quantos pontos de vista pode haver em uma única situação. E olha que estou ficando perito nisso. O que outrora me incomodava, agora não tem passado de ruído somado a outros tantos que assobiam diariamente em meus ouvidos.

Encarar a realidade é sempre a melhor saída. Não adianta querer viver algo que não existe ou que se passa apenas na sua cabeça. Encare os fatos. Seja corajoso e não tenha medo de mudar. Mudar é bom. A mudança que muitas vezes esperamos pode estar dentro de nós mesmos. É apenas aceitar o processo, se render a ele e deixar fluir.




Administrar a vida é tarefa complicada. Requer muito conhecimento humano e autoconfiança. No que depende de nós, adiante... Se depender do outro, nunca se esqueça disso, prepare-se para a decepção. Já dizia o Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”. A verdade é que não tem muita gente interessada na vida alheia não. Viver é sempre o melhor remédio para esse tipo de situação.

Certa vez uma senhora de uns 70 anos me deu uma lição de vida. Dizia ela: “Meu filho, sabe o que adoro nesta minha idade? Eu faço o que quero, falo o que me vem à cabeça e o povo ainda acha engraçadinho”. Está aí a graça da vida. Não se preocupe com o que o outro pensa de ti. Seja você, sempre. Assim, quem gostar de você vai gostar pelo que você é e não pelo que aparenta ser. E assim a vida ficará mais leve. Chega de se preocupar com o que as outras pessoas vão pensar. Tenha prudência, mas que tua vontade prevaleça em suas decisões. É o que quero para mim e para você.

terça-feira, 7 de março de 2017

O cinema que inspira...

Não há fórmula ou mesmo uma receita para se viver a vida. Muitas vezes planejamos, sonhamos, refazemos os planos e, mesmo assim, a vida nos atropela e nos faz recomeçar. Muitas vezes do zero. Há magia nisso. Só os fortes conseguem seguir depois de grandes derrotas. Lembro a frase do eterno personagem Rocky Balboa: “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha”.



O cinema é mesmo uma fonte de inspiração para quem quer viver. Dizem que a arte imita a vida, e vice-versa. Eu adoro filmes, de todos os gêneros. Confesso que deixei o terror de lado faz um bom tempo, mas em dia com os outros. No fim de semana assisti a dois dramas fantásticos. O primeiro chama-se Amour e foi vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012, se não me engano. O segundo, A odisseia de Alice, é também de muito valor por retratar de forma real a vida da única mulher em um cargueiro pelos mares do mundo. Bota lição de relacionamentos nisso, em ambas as películas.

E sobre relacionamentos a vida só nos proporciona acúmulo de experiências. Você nunca estará preparado. É sempre novo, diferente, atraente, desafiador e, porque não assumir, monótono. O mais legal nisso tudo é que você pode fazer sempre diferente. Se reinventar ou mesmo fazer ajustes necessários. Ajustes esses não para agradar a ninguém, mas para te tornar uma pessoa melhor. Afinal, o que conta no fim de nossas vidas deve ser o que de bom plantamos por onde passamos.

No filme Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain tem uma cena muito boa. O personagem entra num jogo onde para diante de uma estátua. Ela aponta para o céu e o personagem fica sem entender porque chegara até ali. Eis que uma criança o cutuca e diz: “Quando o dedo aponta o céu, o idiota olha para o dedo”. Voilá! Quantas vezes deixamos de olhar para o que está por vir para nos prendermos ao pequeno? Olhar o dedo não mudará nada sua visão de vida. No entanto, se olhar para o céu as possibilidades serão infinitas.

E o que dizer da frase do Don Corleone, de O Poderoso Chefão: “Um homem que não se dedica à família nunca será um homem de verdade”. Nossa, que forte. Considero essa frase muito real. E não apenas para homens, mas também para mulheres. Afinal, família é família.



Sei que cada um dos meus seis leitores tem suas frases favoritas do cinema. Poderia listar outras tantas aqui, mas não convém. O recado foi dado. Busque filmes que dizem algo também, não apenas entretenimento. O cinema é um retrato da vida e muitas vezes pode lhe dizer algo bacana. É assim que encaro os filmes que me proponho a assistir…


Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...