Impressiona
o passar dos dias. Talvez pelas obrigações diárias e cobranças eternas de tudo
e todos, já não consigo mencionar o tempo como algo que passa devagar, sem
pressa. Para falar a verdade, sinto necessidade de mais tempo a todo instante.
Quem dera os dias passassem a ter 36 horas e não mais as 24 horas. São muitos
afazeres inadiáveis, além dos momentos que precisamos arrumar para lazer,
visitar amigos, família e cuidar da casa.
Minha
casa, inclusive, tem sido um lugar aonde só vou para dormir. Esta semana retomei
o almoço em casa. Custe o que custar, vou fazer meu almoço e ficar com meus
dois cachorrinhos por pelo menos uma hora. Hoje deu muito certo. Claro que a
correria foi inevitável. Isso porque, antes de mais nada, tive de comprar
frutas, legumes e hortaliças. Cheguei a minha casa e coloquei roupa para lavar
enquanto lavava os alimentos.
O tempo, de Salvador Dalí |
Aproveitei
o meio tempo para descer com Zizou e Amélie. No retorno, a batata já estava quase
cozida e era hora de secar a alface. Em seguida, temperei o peito de frango e
cortei tomates e cebola. Arrumei a rúcula e preparei o prato das hortaliças. Ficou
até bonito. Com a batata cozida, passei o peito frango e arrumei tudo no prato.
Não fiz foto, mas confesso que tive orgulho. Retomar a alimentação em casa é
qualidade de vida.
Almocei
com prazer, escutando notícias sobre a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal,
e outros temas. Logo, escutei o barulho da máquina encerrando as atividades. Hora
de colocar a roupa para secar. Uma hora e meia de almoço e uma vida resolvida.
Acho que o tempo bem aproveitado torna-se leve e prazeroso. Hora de voltar ao
trabalho. A noite ainda tem a corrida diária para fazer, roupa para passar,
dever de casa das aulas de francês e descida com os cachorros. É... a ideia das
36 horas diárias me cairia bem nesta etapa da vida.