quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Zizou na área... mais confusão

Que meus seis leitores já conhecem o Calvin isto não tenho dúvida. A parada agora é outra. Não bastasse o Calvin para fazer todas as travessuras do mundo possíveis e morder calcanhares distraídos, ganhamos mais um amigo: Zizou. O nome não é novidade neste humilde espaço. A novidade é que ele não é filhote do Calvin. Enfim, o dono do canil de Jack Russel Terrier ofereceu um e nós aceitamos.

Na rua, ninguém consegue distinguir quem é Calvin e quem é Zizou no jogo do bicho. Isto porque são irmãos. Mas apenas por parte de mãe. A marca na cara é praticamente a mesma. No entanto, fisicamente Zizou é mais alto que Calvin. No meio dos profissionais, um é chamado de JRT pata curta e o outro de JRT pata longa. A personalidade de um também é bem diferente do outro. Calvin é o que já conhecem. Ziziou é mais tranquilo, talvez por ter ficado no canil até seus 11 meses.

Zizou chegou à nossa casa com muito medo. Medo de tudo. Até de sua sombra. Tão desconfiado, que ao sair para passear parecia uma pessoa saindo da balado no fim da noite para pegar o carro no estacionamento escuro: olha para todos os lados, menos para frente. E foi numa dessas, sem que eu percebesse, que ele deu de cara no porte de uma placa de trânsito. O barulho foi um só... toc!

Em um encontro com um cachorrinho bem menor que ele, Zizou colocou o rabo entre as pernas e simplesmente vazou. Outra vez, a coleira soltou da minha mão e bateu no rabo dele. Esse cachorro pegou uma carreira que pensei: “meu Deus, como vou explicar que perdi o cão no segundo dia?”. Isto porque quanto mais ele corria, mais a coleira batia no rabo dele e mais ele se assustava. Minha sorte é que a coleira ficou presa na roda de um carro no estacionamento e ele parou.

Depois, com uma semana de novo lar, ele recebeu a visita do Calvin. A farra foi grande. E isto deu mais confiança a ele. Hoje, passadas quase três semanas, Zizou já está na boa. Recentemente, deu até aula de etiqueta para o Calvin na chácara da família. Enquanto Calvin ficou preso por mau comportamento (morder tornozelos de crianças e quem mais aparecesse pela frente), Zizou entrou na roda e conquistou a todos. As crianças então, nem se fale. Era carinho pra lá e pra cá. Mas Calvin também se divertiu e isto que importa.

Agora temos dois JRT. Um para fazer nossa alegria e tocar o terror e o outro para fazer a alegria das crianças. E assim segue a vida.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Solta o calcanhar dele, Calvin

Vergonha deveria ser a palavra certa para descrever o que o Calvin tem aprontado ultimamente. Baixinho, ele não perde tempo em dar umas boas dentadas nos calcanhares distraídos que passam por perto de sua grande boca. O “bote” parece de uma cobra: rápido e certeiro. E nós, responsáveis por sua educação, ficamos com cara de chinelo com familiares e visitas.

Na sexta-feira, o amigo Eduardo veio nos visitar. Paloma e eu pensamos: “que legal. Vamos levar o Calvin pra casa para ele conhecer nosso amigo e se divertir”. Tudo estava arrumado. Só faltou combinar com o Calvin. Faltou. Por volta das 16h30, depois de arrumar a casa, fui buscar o mascote. Alegre, esse Jack Russel Terrier logo percebeu que sairia para mais uma festinha. Antes mesmo de pegar sua comida e seus brinquedos, ele já pulava em minhas pernas e corria para a porta de saída. Entrou no carro e, para variar, colocou a cabeça para fora da janela. Aliás, isso é novo nele. Tenho deixado a janela aberta só com espaço para ele colocar a cabeça. Porque da última vez que fiz um teste com toda janela aberta, ele simplesmente saltou do carro, que estava a uns 15km/h. Foi sofrido.

Em minha casa, Calvin já se sente a vontade. Sobe no sofá, corre pelos quartos, lancha na área de serviço e espera a hora de descer. Começo a acreditar que ele está se acostumando com o apartamento. Tomara. Já passava das 20h quando decidimos levar o Calvin junto para buscar o Eduardo no aeroporto. Chegamos e ficamos no estacionamento por mais de meia hora. Calvin, claro, ficou numa agonia danada e começou a latir para rodas, carrinhos, sapatos e tudo mais que conseguir enxergar por debaixo do carro. E todos olhavam admirados.

Eis que Eduardo chegou. Ao longe fiz sinal para ele. Apesar da grande miopia, percebeu ser eu a gesticular. Ele não sabia da presença de Calvin e foi chegando, chegando... Aí veio o “bote” certeiro... Em menos de um segundo, Calvin, o veloz, salta e cai de boca no tênis do Eduardo. Paloma acredita que Calvin teve ciúmes de mim. Não sei ao certo, mas pode ser. Sempre que estou por perto o comportamento dele é esse. E quando estou longe, segundo relatos, é de um cão mais tranquilo.

Entramos no carro e Calvin continuou. Eu no volante, Eduardo no banco do passageiro e Paloma se gladiando com Calvin para que ele parasse de latir e tentar morder o Eduardo. Uma decisão foi tomada: “vamos deixá-lo na Veruscka”. Tadinho, saiu para passear e agora iria voltar para sua casinha. No meio do caminho, Calvin parou de latir. No entanto, consideramos ser mais prudente levá-lo para lá. A noite seria de bons papos e cerveja gelada.

Não foi a primeira vez que Calvin, o mordedor, conseguiu achar um pé. Na chácara do meu pai, certa vez, o deixei embaixo do pé de caju enquanto arrumava algumas coisas. Meu irmão veio todo distraído e passou por perto. O “bote” mais uma vez foi certeiro e o sangue escorreu pelo pé. Não que as mordidas do Calvin sejam fortes. Os dentes são afiados. E ele morde, na maioria das vezes, por brincadeira. Mas isto, poucas pessoas entendem. De qualquer forma, o Calvin continua nos oferecendo bons momentos de alegrias e risadas.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Calvin volta ao Parque da Cidade. Confusão!


Não fosse o calor do verão no cerrado, o passeio com o Calvin no Parque da Cidade seria ainda melhor. De férias, termômetros marcando 31 graus, resolvi convidar o Gabriel para levar as sobrinhas (Isadora e Laís) e nosso mascote para passear. Paramos no estacionamento do Carrera Kart e foi ali que a confusão começou.

Peguei a coleira e saí para dar uma volta no gramado enquanto o Gabriel tentava, sem muito sucesso, fazer a Laís dar algumas pedaladas. Isadora, mais desenvolta, já estava lá na frente. No gramado em questão havia algumas corujas. Calvin, o corajoso, não poderia deixar por menos e logo correu para cima das pobres aves assim que percebeu a presença. Como estava na coleira, a investida não obteve muito sucesso. Pior para ele. Ao perceber que ali não poderia soltá-lo da coleira, chamei o Gabriel para seguirmos até outro lugar. Antes de sair, porém, veio o troco. Uma das corujas voou e deu um rasante nas costas do Calvin, que ao perceber o ataque apenas colocou o rabo entre as pernas e procurou logo o carro para sair.

Seguimos para o estacionamento seguinte. Antes de o deixarmos bem a vontade, Calvin encrencou com uma patinadora, para variar um pouco. Depois, com mais espaço e menos movimento, logo deixamos o Calvin solto. Sem problemas com movimento, ele resolveu brincar com as mangas no chão. E como o Gabriel esqueceu os brinquedinhos dele, aproveitamos para arremessar frutas para o Calvin buscar. Deu certo.

Já estava começando o pôr do sol quando o Caio ligou dizendo que passaria no Parque para me encontrar. Precisávamos conversar algumas coisas de trabalho. Tudo bem, eu sempre estou disponível aos amigos. Logo ele chegou. Ao longe foi avistado pelo Calvin, que pensando ser algum intruso correu para nos proteger. Correu muito e chegou antes mesmo que Gabriel ou eu pudéssemos gritar para ele parar. Apenas disse de longe para o Caio não se mexer. Calvin chegou pronto para morder as calças dele. Logo voltou e quanto percebeu que o Caio não iria parar seguiu novamente para o ataque. Ai ai ai viu Calvin.

Fui correndo ao encontro dos dois e peguei o Calvin no colo. Ele se acalmou ao perceber que o Caio era nosso amigo. Intrigou-me bastante esse comportamento do Calvin. Volto a repetir, ele é um Jack Russel Terrier. Gostei do espírito de cão que cuida da gente, de cão amigo, de cão companheiro. Ficou bem nítido isso hoje. Depois do ocorrido, ficamos mais alguns minutos e logo fomos embora. A tarde foi de muita agitação para o Calvin. Correu, comeu manga, saltou obstáculos e, na cabeça dele, ainda nos defendeu. Eita cachorrinho mais que amigo. Vai sonhar com essa valentia a noite toda.

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...