As
pessoas, apesar de acharem que estão mais próximas por conta das novas
tecnologias e redes sociais, estão se distanciando. Não digo isso sem antes ter
feito uma análise do momento vivido pela população brasileira. Hoje, as pessoas não conversam mais. Quase tudo, seja no trabalho
ou no seio familiar, é tratado via WhatsApp. Ou seja, é teclado e não falado. Estou errado?
Eu,
em particular, participo de 45 grupos só de trabalho. Tenho mais uns cinco
entre amigos e mais um da família. São mais de 50 telas piscando o dia todo, o
que me gera mais de 1 mil mensagens por dia para serem lidas e, quiçá,
respondidas. Isto me tirou o prazer em teclar pelo celular e gerou preguiça em
me comunicar via mensagens de texto.
Pela
noite, como sempre, me veio a inspiração de um poema que trata sobre o tema.
Poema, esse, que será publicado em uma coletânea de poemas editada pelo amigo
Evan do Carmo. Agradeço de antemão o espaço. Leia a seguir e me diga se você
gostou.
Teclar
ou falar?
Ei,
psiu!
Eu
resolvi lhe falar
Pois
o teclar já não é mais parte do meu gostar
Teclar
é frio, é vazio
E
muitas vezes gera confusão
O
falar, não!
Ele
é quente e alegre
E
na maioria das vezes acalenta o coração
Falar
não é para qualquer um
Porque
como já nos foi ensinado: "a boca fala do que o coração está cheio"
Já
o teclar, não!
Ele
esconde intenções e acaba por abafar os sentimentos dos corações
O
teclar é moderno, o falar é tradição
E
entre o teclar e o falar, escolho o falar, mesmo que te ocupe a audição
E
sobre o falar, vai uma última observação:
Não
adianta mandar áudio, tem de telefonar.
Porque
no áudio botamos edição e já no telefonar, botamos o coração.