sexta-feira, 16 de setembro de 2016

É vida que segue... E vida em abundância

Sim, eu sei e todos sabemos que na vida tudo passa, que existe um momento para cada coisa e que tudo ocorre na hora que precisa ocorrer. Essas máximas costumam não fazer muito sentido na hora em que você se depara com situações inusitadas e de desespero. Perder um parente querido, um amor que se vai, um emprego que fica pelo caminho... Tudo é muito doloroso se não estamos minimamente preparados. No entanto, a máxima é verdadeira: tudo passa.

A maneira de encarar essas situações e a forma como você perceberá a carruagem passar são o que importa. Que vai passar, isso sabemos. Recentemente, deparei-me exatamente nesta extrema angústia de querer ver as coisas acontecerem rapidamente. E você, com certeza, também já passou ou passará por isso. Sinto dizer, mas não adianta querer adiantar os ponteiros. Não somos senhores do tempo. Ainda não dominamos, sequer, as nuances da Teoria da Relatividade. O que nos resta então? Sentar e esperar? NÃO.

Nesta hora, de incertezas, precisamos fazer exatamente o contrário. Precisamos viver. E viver intensamente. Certa vez, a Babi Renault escreveu em seu perfil: "Vida, te sinto!" Naquele momento, em que tudo estava nos trilhos, não compreendi o que poderia significar o "sentir" a vida. Hoje, depois da noite escura e da chegada do dia claro, compreendo e saboreio cada caractere desta bela frase.

Passei a semana em João Pessoa, Paraíba. Rever amigos e trocar os ares me mostrou exatamente que, apesar de você se fechar em seu mundo sempre que algo te assusta, o mundo continua girando em volta de si mesmo, em volta do Sol e por aí vai... O movimento dos astros nunca para. Por que, então, você vai parar? Erga a cabeça, comece a caminhar, a correr, a fazer coisas que te dão prazer. Veja e reveja filmes, escute novas músicas, tenha um novo olhar de tudo que te cerca... Olhe com carinho para as pessoas que cruzarem seu caminho. Tudo vale a pena e tudo será diferente se assim você quiser que seja. No fim, o que importa não é o que ficou pelo caminho, mas o que ainda está por vir. E o que está por vir depende diretamente da forma como você olhará a vida a partir de agora. Não temas, pois há um momento para cada coisa e compreender isso é crucial para que seu movimento esteja em sintonia com o resto do Universo. Para terminar, vou deixar apenas uma citação: "Sem você, as emoções de hoje seriam apenas pele morta das emoções do passado". (Hipólito)

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Pokemon X Zizou: A evolução dos bichos de estimação


Como de costume, despertei cedo e fui cumprir os afazeres do dia. O primeiro deles é tratar e levar Zizou, meu Jack Russel Terrier, para uma boa volta. Assim como milhares de pessoas, eu baixei o jogo sensação recém-chegado ao Brasil: Pokemon Go. Decidi aproveitar a volta com Zizou para encontrar alguns desses bichinhos virtuais. E encontrei vários.

Vale ressaltar que a motivação para que eu baixasse esse jogo partiu de meus sobrinhos. Dois deles estão, há 15 dias, comentando com ansiedade a possibilidade. Nunca fui fã do desenho que tem um tal de Pikachú como protagonista, mas fiquei curioso para saber como mesclaram a realidade com a ficção. E, realmente, ficou fantástico.

Voltando ao passeio. Enquanto apontava meu celular para alguns bichos virtuais, sentia a coleira puxando de um lado para o outro. Olho de relance e Zizou me olhava atento. Creio que o animalzinho tentava entender o que se passava. Se pudesse falar, acho que soltaria um sonoro: “Porra, larga essa merda e presta atenção em mim”. Meio que me sentindo um idiota, joguei o celular no bolso e segui. Não demorou muito e o bicho – o celular – vibrou no bolso. Um novo pokemon. Retirei rapidamente e, pimba! Mais um na lista. E quando olho para Zizou, a decepção era flagrante e o distanciamento inevitável.

Retornei ao lar depois de uns 20 minutos de caminhada. Ao entrar, soltei Zizou que foi logo procurando uma bolinha para brincar. Nesse momento alguns pensamentos vieram a me incomodar. Hoje, um cachorrinho já não é visto como no meu tempo de infância. Lá atrás, eu ficava ansioso para encontrar o cachorro que morava na casa da minha avó. Eu ficava a semana toda pensando no Pinguin (nome do vira-lata) e em como poderia brincar com ele. Jogava bola, corria, brincava de cabo de guerra, dava banho... Enfim, era uma festa. Hoje, talvez Zizou já não desperte tanto interesse em meus sobrinhos. Aliás, tenho certeza que não largariam os pokemons nem por um segundo para bater uma peladinha com Zizou. Triste.

Com esta realidade na minha cabeça, peguei Zizou, dei um abraço e falei: “Relaxa negão, você não será trocado por nenhum bicho virtual”. Meio que entendendo o que eu ali falava, Zizou balançou o rabinho e deu-me uma lambida caprichada. Acho que nesse momento fizemos as pazes. Ah! E sobre o Pokemom Go... Quando eu tiver atoa eu penso em capturar outros.

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...