sábado, 29 de março de 2008

A supresa que o vento trouxe

Um dia a gente chora, no outro a gente ri. O vento sopra onde quer e você apenas ouve seu barulho. Mas, no entanto, não sabe de onde vem e nem para onde vai. Estive na inauguração do Shopping Iguatemi Brasília e conheci a encantadora Mariana Ximenes. Figura dócil, de palavras singelas e voz meiga. Não à toa faz tanto sucesso. Como diz o velho trecho bíblico, o vento sopra e nesse sopro surgiu um encontro inesperado. O dia de amanhã? Ah, o dia de amanhã tem suas próprias preocupações... Claro, o amigo fotógrafo Gerdan Wesley fez a bela foto que se segue.
Encontros e desencontros em Brasília

quarta-feira, 26 de março de 2008

Dias difíceis

Dias complicados e incertos. Às vezes, parece que o mundo conspira contra a sua vida. A correria do trabalho, as ciladas propostas pelas circunstâncias, as emboscadas das incertezas. Tudo parece existir e se revelar ao mesmo tempo. Não. Não estou reclamando da agitação diária. Glória a Deus pela minha vida.

O que pretendo expressar é o cansaço e as decepções com atitudes de camaradas que outrora se portavam como companheiros de longa data. O que preciso é de um retiro na velha e boa Chácara São Francisco. Mas, pelas circunstâncias trabalhistas, só passarei por lá depois do dia 21 de abril, data em que Brasília completa 48 anos. A festa está sendo organizada pelo vice-governador Paulo Octávio e, por isso, meu trabalho e da Bruna está intenso.

Tentarei atualizar o blog sempre que possível para os meus seis leitores. No mais, com diria Antônio Conselheiro, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 11 de março de 2008

Brasília, doce Brasília

Não é todo dia que a gente se anima em jogar uma pelada às 23h. Pois bem, nesta segunda-feira fui tentado pelo nobre jornalista Leandro Galvão (Timbú), que me intimou para algumas partidas com os camaradas no Arena (Setor de Clubes Sul). Após pensar diversas vezes, saí para o local às 22h15.

Corri, mas não foi o suficiente. Bati no lugar errado. Quando cheguei ao Celva (Cruzeiro), que fica a uns 7 km do Arena, vi a besteira que tinha feito. Tudo bem, corri e cheguei a tempo de entrar na primeira partida. Não foi contar muito da pelada, mas saibam que fiz três gols e saí satisfeito à 0h40.

O que realmente quero comentar é a minha volta solitária para casa. Mais solitário que um vilão de filme mexicano, decidi fazer um tour pela minha nobre Brasília. Ao som de Legião Urbana – nada melhor para refletir Braília –, subi pela avenida L4 Norte e retornei para pegar o Eixo Monumental, cumprindo parte do trajeto que o presidente da República faz quando sai do Palácio da Alvorada para o Palácio do Planalto.

Quando tomei o Eixo Monumental, uma leve neblina encobria o mastro da Bandeira Nacional e parte do anexo 1 do Congresso Nacional (o prédio em forma de H), por volta de 1h. O silêncio, quebrado só pelo som do carro, nada parecia com o agitado fluxo de veículos dos dias de semana.

Subi e ao passar entre o Palácio do Planalto e a grande praça que fica em frente, percebi o quanto perdemos por falta de iluminação. O Palácio estava lindo, mas a praça escura não deixava enxergar nem o monumento dos Dois Candangos. Só do outro lado era possível ver o prédio do Supremo Tribunal Federal.

Continuei meu trajeto e subi pela Esplanada dos Ministérios, passando antes pelas cúpulas do Senado e da Câmara dos Deputados. Pelo menos naquela hora do dia não havia negociatas e nem espertezas por parte daqueles que se dizem representantes do povo. Estava o prédio ali, vazio, esperando pelo grito de uma Nação. A leve neblina parecia querer ocultar algo, mas deixei a Legião tocar mais alto e segui adiante.

Passei por diversos Ministérios, sempre pensando nas mazelas dos políticos que desviam milhões de reais desses gabinetes, que ao mesmo tempo em que tão perto, tão longe de qualquer cidadão. O acesso é praticamente impossível a um mero mortal. Como jornalista já tive acesso a vários deles, mas como cidadão nunca me aproximei. Não que o jornalista não é cidadão, mas a verdade é que os políticos têm uma relação de amor e ódio pela imprensa e isso faz de nós pessoas diferentes. Eles nos convidam quando pertinente e nos expulsão quando não querem nossa presença. Lamentável.

Depois de quase 5 minutos dirigindo entre os Poderes, virei para a querida L2 Norte e segui mais uns 5km até minha casa. Fiquei com vontade de parar no caminho e patinar. Poderia ter feito isso na grande calçada do Museu Nacional e da Biblioteca Nacional, mas vai ficar para a próxima. Estava cansado e o dia começaria às 6h, quando teria de trabalhar no site Minas em Brasília. A vida é assim mesmo. Aproveite ao máximo e nunca menospreze as coisas que estão perto de ti. Podes não dar valor porque elas parecem cotidianas. Mas curtir uma simples volta para casa em Brasília é algo que me alegra e me faz sentir amor por essa cidade, taxada como casa de corruptos e outras mazelas.

Mas, vale lembrar, a Câmara tem 513 deputados e só oito são do Distrito Federal. Dos 81 senadores, apenas três são do DF. Dos cinco presidentes que o Brasil teve após a redemocratização, na década de 1980, nenhum é do DF. De onde vêm, então, os corruptos brasileiros?

sábado, 1 de março de 2008

Suor e amor pela chácara

A união faz a força. Quando a coisa está na cabeça é muito mais fácil. Na hora de colocar as idéias em prática, muita coisa é diferente. Imaginávamos um campo de futebol bom o suficiente para receber amigos na chácara do papai. Muito trabalho e hoje a paisagem é outra.

Não fiquem pensando que jornalista só trabalha com letras e apuração. Tio Ratinho me chama de fofoqueiro até hoje. Diz ele que tirei licença para falar da vida alheia.

Poderia, ao lado do meu irmão, só ficar olhando o trabalho ser feito. Mas nós, como filhos legítimos do senhor Lázaro Marques, não suportaríamos o tédio. Por isso, as mãos ficam calejadas sempre que podem.

Vergonha? Nada. Orgulho. Sim, orgulho de não fugir nunca da raia. De encarar a vida, seja nos momentos fáceis ou difíceis. Ensinamento passado de pai para filho por muitas gerações em nossa família. Não há tempo ruim. Para nós sempre é tempo de se trabalhar. Até porque o trabalho dignifica o homem.

O campo está saindo. Acredito que no início de junho estaremos colhendo o que plantamos hoje ao lado dos nossos amigos. A ajuda de cada um - Tio Adão, Josemir, Domingos, Rogério, Matheus, Donizeth, Tio João, Marcos Aurélio, mamãe Lazinha, Danilo e Neide - faz com que tenhamos mais forças.

Aos meus seis leitores, fica o convite para conhecer um pequeno pedaço do céu chamado Chácara São Francisco, a 100 km da capital da República Federativa do Brasil.

Ep. 2 - Um plano infalível

 Não demorou muito e precisei deixar a casa dos meus pais. Não sabia para onde ir ou a quem recorrer. Certo era que voltar a morar com eles ...